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Cronicas-->TERCEIRA IDADE -- 28/10/2007 - 19:46 (SALETI HARTMANN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131103325509082600
Quando abrimos os nossos olhos para a vida, como ela nos parece bonita! Parece até que ela se preparou especialmente para nos acolher em seus braços. Tudo é sorriso, tudo é novidade. Eis a Primeira Idade nos saudando.
Na Segunda Idade, já transformados, quase não dá para continuar sorrindo, ou sonhando. Quase nem dá para sentir que tem outro Ser Humano do nosso lado, porque estamos ocupados em sobreviver. O sonho e o ideal são trocados pelo trabalho e pela renúncia. Mesmo assim, uma força estranha move os nossos passos, agita os nossos sentimentos, e fizemos tantas coisas impossíveis, que rimos de nós mesmos e da nossa própria pequenez.
Trabalho, casamento, filhos, casa, aluguel, água, luz, educação, salário, inflação, impostos...: são tantos os cuidados, são tantas as dores! Mas, ainda arranjamos tempo e fólego para sonhar com a vida que planejamos.
Então, começamos a dobrar a esquina do tempo, e chegamos à Terceira Idade.
Cansados, queremos aconchego, queremos segurança.
Ansiamos por um lugar para suavizar o nosso cansaço, lembrar do tempo que passou, reter alguma energia para continuar vivendo e talvez tecendo, devagarinho, mais alguns projetos de vida.
Se no começo da vida nossos olhos eram claros e orgulhosos, agora estão turvos, sem jeito de nos ajudar. Nossos ouvidos, que um dia captavam tantos sons diferentes, agora se negam a escutar o som do próprio vento gemendo a nossa volta. Os cabelos, ralos e embranquecidos, fazem-nos olhar no espelho e sorrir da imagem que ele nos devolve, ou chorar pela beleza que não volta mais.
Aparentemente, envelhecemos, mas, ainda tem um sonho se agitando nos nossos corações, o sopro da vida ainda move os nossos pensamentos.
E ainda sonhamos com a felicidade.
Mas, como em todas as idades, a felicidade só aparece quando alguém resolve dividir sua alegria com os outros.
E só poderemos continuar sorrindo, se a solidariedade dos mais jovens nos alcançar como um escudo protetor contra toda a fragilidade que nos domina na Terceira Idade.
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