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Cronicas-->A disenteria fatal -- 20/01/2001 - 14:27 (Anizio Canola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Em boa hora, a prefeita Germínia determinou a construção de banheiros, em diversas praças públicas de Araçatuba. Mesmo porque, ninguém está escape de surpresas intestinais. E quando elas ocorrem longe da casa, ou de um local adequado para o desaperto, o pànico toma conta do cidadão. Aí ele clama:- "Meu reino por um banheiro!". Aturdido pela grave situação, que exige solução imediata, senão... Cabe aqui indagar. Se inexistir algum banheiro por perto, como é que o infeliz faz? Pensando melhor, aí, de um jeito ou de outro, fazer, ele faz... Entrementes, as vicissitudes da vida continuam produzindo cenas reais inacreditáveis.
A tarde decorria pachorrenta, sem novidades no trecho da rua Porangaba, a duas quadras da avenida Ibirapuera. Tudo parecia tão calmo... Ledo engano. De repente, surge na esquina um estranho visitante. Suas roupas maltrapilhas revelam logo um viver ao Deus dará. Ele estaca diante do portão trancado, mas que permite a visão do seu interior. E contempla muito interessado o terreno baldio, todo murado. Qual será a pretensão do desconhecido? Felizmente, em todo canto sempre há uma vizinha de plantão. Observando os lances inusitados da rua. Ela percebe que o indivíduo escala com dificuldade o alto portão. Na hora de transpó-lo, um gesto em falso e ele cai, estatelando-se no lado de dentro. Então, grita aflito que quebrou o pé. Acorre a vizinha, meio desconfiada. Ela chama dois vizinhos e logo a esquina reúne bastante gente. A explicação do indigente, garantindo que só queria se aliviar, divide as opiniões. Que loucura, saltar um portão tão alto! Por que não procurou um matinho? Convenhamos, matinho ainda é banheiro público de muitos.
Como tirar dali o desditoso homem? O dono do terreno reside longe, descartando-se logo a possibilidade de avisá-lo, para abrir o portão. O mendigo contorce-se, mostrando o pé com os primeiros sinais de inchaço. A providência divina sabe o que faz. Naquele momento passa por ali um veículo do corpo de bombeiros. Porém os homens do fogo explicam que estão indo atender a um chamado urgente. Pelo seu rádio, comunicam-se com a Polícia Militar. E logo chega uma unidade do Patrulhamento Padrão. Suspeitava-se que o pobre coitado estivesse envolvido com drogas. Um policial reconhece o mendigo, que diz morar na rua Cruzeiro do Sul. Este procura justificar o contratempo, dizendo:- "Eu só estava com dor de barriga!".
Penosamente, o infortunado homem sobe os degraus da escada arranjada na hora. Sem poder firmar o pé quebrado. Os policiais o auxiliam. Finalmente, ele está de novo na rua Porangaba. Apesar de tudo, vai contente na viatura que o conduz ao pronto-socorro.
Aos poucos, a calma retoma seu domínio sobre aquele trecho da Porangaba. Cessando a conversa dos vizinhos sobre tudo aquilo. Todavia, no ar pairou uma dúvida: será que ele se borrou? Porque com disenteria e um pé quebrado... ===


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