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cronicas-->Crianças -- 20/01/2001 - 16:31 (Anizio Canola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Na primeira cena, o garotinho vivendo a fantasia dos cinco anos, brinca solitário e feliz, ignorando o perigo escondido na janela escancarada, sem grade de proteção. Embalado pela imaginação infantil, volve seu olhar para o cenário lá fora, que o atrai num vóo rasante, como fazem os super-heróis destemidos. Ele se apoia no parapeito, sem medo, mesmo vendo a grama verdejante do jardim lá embaixo. Sobe no peitoril, distraído por séria dúvida: qual será o mais audaz, Batman ou Super-Homem? A breve indecisão contribui para uma inesperada queda livre. Qualquer adulto fraturaria algum osso num tombo dessa altura. A propósito, onde estão os familiares, ausentes por alguma razão? Perdem assim a chance de testemunhar autêntico milagre. O garoto, sem tempo de pronunciar alguma palavra mágica salvadora, estatela-se na grama. Chora muito, mais de susto que de dor. Olha em volta, ninguém aparece. Dá de ombros e volta a brincar, certo de que o He-man tomaria mais cuidado. Para sua sorte, o anjo da guarda estava atento.
Cena dois. Outro menino, dez anos. Como toda criança, gosta do seu bichinho de estimação, no caso, um franguinho carijó. Na chácara, em meio a muitas outras aves, aquela é especial, tanto que o pai lhe providenciou um cercado próprio. De manhã, os vizinhos procuraram sem encontrar uma cobra perigosa, um urutu cruzeiro, rondando por ali. Agora, depois do almoço, o garoto visita seu galináceo amigo. Está esquisito, amedrontado no canto. O menino quer acalmá-lo e enfia o bracinho lá dentro pelo vão das ripas, com muitas dificuldades pois está apertado. O galinho se agita como se quisesse avisá-lo de algum perigo. Então o menino procura observar melhor o interior do galinheiro, quando percebe que sua mão está pertinho de um rolo de cobra. É o urutu procurado, que ergue a cabeça movimentando a língua rapidamente, prestes a dar o bote fatal na mãozinha. Por puro reflexo, recolhe o braço. Para entrar fora difícil, porém para sair, nada atrapalhou. Dado o alarme, os homens matam o réptil peçonhento, enquanto as mulheres agradecem a Deus a proteção do anjo da guarda.
Cena três. Cada dia que passa mostra a tenra menininha mais travessa, desassossegada em seu belo carrinho Burigotto, exigindo por isso atenção constante. Todavia, parece impossível ela poder sair dali. Tudo tem a primeira vez. Num piscar de olhos, ela se levanta no carrinho, perde o equilíbrio e se projeta de cabeça no piso cimentado. Incrível, apenas susto e muito choro. Neste caso, o anjo da guarda também estava de plantão. Não há outra explicação.
São cenas vividas ou sabidas por todos nós. Sempre há algum fato parecido a relatar, num atestado dos perigos que envolvem a vida das crianças, pondo em contínuo sobressalto os pais. Por maior vigilància que se exerça, sempre algo preocupante acontece, mas graças à proteção divina normalmente as coisas terminam bem. E as crianças compensam qualquer sacrifício pela sua criação risonha e feliz. Jesus foi criancinha também. Cada nova que nasce traz a certeza renovada de que Deus continua satisfeito com a humanidade, permitindo a sucessão das gerações. ===


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