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Artigos-->A LEITURA INFANTIL E OS PCNs -- 09/03/2003 - 12:13 (Welington Almeida Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Literatura Infantil na Escola

Welington Almeida Pinto



Crianças adoram ler. Lêem de tudo: livros, gibis, quadrinhos. Não importa, estão lendo. Pretendem tirar do Brasil o desconfortável rótulo de ser um país que lê pouco.

Para Ziraldo ler é mais importante do que estudar. A escritora Vivina de Assis Viana propõe misturar livros aos brinquedos da criança desde o primeiro choro. E João Ubaldo lembra que seu pai proibia os filhos de entrar em sua biblioteca, mas sempre esquecia a porta aberta.

As livrarias querem os pequenos dentro de suas lojas. Estão produzindo prateleiras baixas para facilitar ao leitor infantil folhear e escolher suas próprias leituras. Isso é bom. Cria nelas o hábito de ler – que só faz bem.

A leitura desenvolve a linguagem, desperta a criatividade e o gosto pela escrita. Criança que aprende a ler estuda menos para aprender muito mais. Essa é regra.



Livros na Sala de Aula



Os novos Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental são importantes para os educadores e também para os profissionais ligados à literatura infantil e juvenil, incluindo os editores.

Os PCNs trazem a leitura como foco central. A proposta é ter na leitura uma operação diária, que desenvolva em caráter gradativo e, se estenda em todas as matérias. E para completar a dinâmica, a Escola terá que trabalhar, paralelamente, com os temas transversais da ética, saúde, meio-ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural e outros.

A Literatura Infanto-Juvenil atualmente trabalha com algumas questões centrais, como a identidade da criança através de livros que abordam o cotidiano e suas emoções. A partir dos contos de fadas, contos contemporâneos e poesias, o livro infanto-juvenil procura estimular o exercício do imaginário.

Autores cada vez mais investem nos paradidáticos. Como Monteiro Lobato, mostram a diferença básica entre o texto utilitário, pedagógico, e o texto estético, aquele que favorece ao leitor múltiplas leituras e permite a ele transformar a realidade dada em uma realidade conquistada, seja na forma de um sonho ou de uma aula viva em que assimilou algum conhecimento.

Boa parte dos livros infanto-juvenis apresenta uma proposta ética e uma pluralidade cultural - uma dieta de leitura saudável - afirma a escritora Ana Maria Machado, discutindo questões que as crianças pouco refletem no seu universo social.



Poder da Leitura

Educadores, escritores e editores estão lendo, estudando e buscando propostas para concretização dos objetivos dos novos PCNS. A educação e a cultura têm seus ideais éticos e estéticos refletidos nessa proposta, trabalhando para que as crianças de hoje sejam uma geração melhor no futuro.

Para a escritora e professora Ana Lúcia Brandão (...) vários pontos estão precisando de reflexão. Se de um lado estamos prestes a ter uma educação que pensa a cultura como ela merece, de outro precisamos ter um meio editorial aberto a isso. Se pensarmos no mercado de literatura infantil dos últimos anos, percebemos que a criança brasileira está lendo muito mais livros estrangeiros do que autores brasileiros. Isso porque, em geral, os distribuidores trabalham com as novidades, e os livros publicados há mais tempo só ficam conhecidos pelas crianças quando reeditados, ou na forma de pedidos, o que depende de um conhecimento prévio do professor ou familiar. E a identidade dessa criança leitora como vai ficar? Essa é uma pergunta que precisa ser feita a todas as instâncias, ainda mais que isso acontece em uma época em que se comemoram os 500 anos de descobrimento do Brasil, momento em que se reflete sobre a ideologia do colonizado frente a sociedade e se busca uma postura amadurecida quanto a questão.

Finalizando, citamos novamente Ziraldo: Depois de viver muito, e prestar muita atenção na vida e nos vivos, é fácil perceber que as pessoas mais criativas, mais felizes, mais produtivas, mais bem ajustadas ao mundo tiveram uma infância povoada pelos livros.



* Ana Lúcia Brandão é doutoranda em Comunicação

Semiótica da PUC-SP e escritora de livros infantis.

** Welington Almeida Pinto é Escritor, Jornalista (08124/JP-MTE). Autor, entre outros livros, de Santos-Dumont, No Coração da Humanidade. Ver a realação de seus livros nos sites www.welingtonpinto.kit.net e www.ieditora.com.br * E-mail: welingtonpinto@globo.com



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