Usina de Letras
Usina de Letras
187 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->"Fucim de Porco e Barrão" -- 19/11/2007 - 11:06 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Joaquim e Valério, ou Barrão e Fucim de Porco eram cegos. Um apenas das vistas, mas ambos, do entendimento. Moraram em Picos, provavelmente, a partir dos anos cinquenta ou sessenta e até o último momento de agonia. Joaquim enxergava das vistas e puxava Valério pela guia, quem dava uma esmola ao cego, normalmente dava também ao guia. Joaquim, o guia de cego, era aleijado... aleijado de feio. Cada um construiu seu casebre pendurado na aba do morro da Romana e tinham uma visão panoràmica de quase toda a cidade. Um deles era casado ou amancebado com a irmã do outro.
A molecada ficava de longe... um gritava: "Fucim de Porco", e outro respondia, "Barrão" - só para vê a enxurrada de palavrões que Barrão reverberava, enquanto "Fucim de Porco" mantinha-se em silêncio, como se a cegueira também lhe houvesse levado a voz.
Barrão hoje mora no Jardim da Saudade, talvez numa casa geminada à casa de Fucim de Porco, tal qual na terra. Ele deixou em Picos um bairro com seu nome, a Vila Barrão.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui