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Cronicas-->Chávez e a revolução -- 19/11/2007 - 15:13 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CHÁVEZ E A REVOLUÇÃO

Nivaldo Cordeiro
www.nivaldocordeiro.net
15/11/2007

O "Cala-te" do rei Espanha ao ditador Hugo Chávez foi mais do que oportuno. Para além do episódio lamentável há que se analisar as forças subterràneas que agiram, determinando os fatos. Entendo que são as mesmas forças que estão em movimento na América do Sul e o frenesi do episódio foi uma pequena erupção sintomática, antecedente das grandes erupções que virão. Chávez é um epifenómeno, um produto acessório e periférico dos acontecimentos verdadeiramente decisivos que se passam na região. O epicentro desses acontecimentos está em Brasília e o controlador de todo o processo é o Partido dos Trabalhadores do Brasil.

O lamentável é que nem a imprensa mundial parece ter-se dado conta do processo em curso. Não tenho notícia de que os formuladores geopolíticos dos EUA e da União Européia, Espanha junto, estejam percebendo o caminho do abismo que estamos a trilhar. Chávez só está no poder por obra e graças de Lula e do PT, que o têm segurado nos momentos difíceis e impedido que o governo dos EUA aja para a sua saída. A Venezuela funciona para o Brasil como Cuba funcionou para a antiga União Soviética, um instrumento de demonstração de poder diante dos EUA. Mas a Venezuela é mais do que uma pobre Cuba, por ser um grande produtor de petróleo e ter larga extensão territorial. Penso que a restauração do império comunista por nossas bandas vai começar pela Venezuela e pela Bolívia, enquanto satélites brasileiros, daí o grande grau de tolerància, apoio geopolítico e o empenho do governo brasileiro com esses parceiros. É notável também o esforço para trazer a Venezuela para o àmbito do Mercosul.

O vínculo da união sul-americana pode ser o marco jurídico de onde poderá partir a confederação revolucionária, nos mesmos moldes em que foi forjada a ex-URSS. A ditadura venezuelana se presta como uma luva para isso, pois uma mera carta de intenção de Chávez pode consumar a tácita anexação territorial daquele país. Veja, meu caro leitor, que estou falando não de mera possibilidade, mas de intenções manifestas há décadas e documentadas nas atas do Foro de São Paulo. É possível que o Brasil possa anexar a Venezuela sem disparar um único tiro, a exemplo do que Hitler fez com a Áustria, respondendo a um suposto pedido do povo. O mesmo com a Bolívia do cocaleiro. Os demais países viriam por efeito dominó.

Alguém poderia argumentar que Chávez está se armando até os dentes. Contra quem? Certamente não contra seus aliados do Planalto Central. As forças de Chávez podem ser o poder de fogo que falta ao PT junto às nossas Forças Armadas. Sua verdadeira força expedicionária, a fazer o trabalho sujo onde for preciso. Talvez o único grande país da região firmemente contrário a um movimento dessa envergadura pelos governantes revolucionários do Brasil seja a Colómbia, que provavelmente iria à via militar para resistir, até porque tal movimento daria às FARC uma nova força e uma nova injeção de ànimo na sua marcha para a tomada de poder. A Colómbia ficaria cercada por todos os lados, com as forças hostis atuando de forma coordenada. Só lhe restaria a aliança incondicional dos EUA, que certamente não ficariam de braços cruzados diante de um cenário como esse, uma vez ele materializado. A América do Sul seria tomada por um incêndio semelhante àquele que varreu a Europa nos tempos de Hitler.

O rei de Espanha não pode esperar o silêncio de Chávez. Ninguém negocia com o demónio sem lhe entregar a alma. E a Espanha tem feito isso maciçamente, em todos os países da região, injetando bilhões de Euros. Chávez é o boneco de ventríloquo de Lula, que a todos diverte e fala as inconveniências que a seriedade revolucionária do governante brasileiro não lhe permitiria falar. Mas é importante atentar para o que Chávez diz e também para o que Lula diz. Nos jornais de hoje Lula afirma e reafirma que a democracia vige na Venezuela, contrariando a realidade imediata de ditadura total que lá existe. De forma indireta Lula manda o rei de Espanha calar-se, dando o troco. Ele disse, referindo-se ao episódio: "Essas coisas acontecem. Quem falou `cala-te´ foi o rei, não um de nós". Nós quem?, haveríamos de perguntar. "Nós, os revolucionários sul-americanos", bem ele poderia completar.

A cada dia vejo nos jornais o cerco revolucionário ser estreitado. Além da defesa de Chávez feita pelo Lula a Folha de São Paulo informa-nos, na edição de hoje, do espurgo aplicado pelo PT ao IPEA, um importante órgão de pesquisa e de formulação de políticas. O Estado total comunista não suporta nenhum tipo de dissidência, exige a unanimidade, sobretudo entre os formadores de opinião. Todo dia novos passos são dados na direção do totalitarismo no Brasil. Um verdadeiro "cala a boca" ao povo brasileiro.



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