CIRANDA
Marvione Macêdo
Cantarei uma ciranda
louvando o mar azul
na imensidão da sua grandeza.
Suas ondas espumantes,
lavando areia e coqueirais.
No horizonte esconde
a quente lágrima
pela morte dos cardumes,
dos corais,
das algas e tudo mais.
Cantarei uma ciranda
falando da natureza,
dos rios poluidos,
das florestas destruídas,
dos passáros, peixes,
cotovias, macacos, tigres,
socos, papagaios...
dizimados, maltratados,
cozidos ou depedrados
pelo homem, ser malvado.
Cantarei uma ciranda
ainda cheia de esperança,
louvando a rosa a desabrochar.
Cantarei uma ciranda
para meu coração sossegar.
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