Usina de Letras
Usina de Letras
80 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62137 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10447)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10331)

Erótico (13566)

Frases (50547)

Humor (20019)

Infantil (5415)

Infanto Juvenil (4748)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140778)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6172)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->O Nordeste agonizava -- 19/11/2007 - 23:01 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A família prosperava. Em maio de 1945, mudamos para o povoado Santo António e papai se estabeleceu no mercado público com comércio varejista. Em curto período de dois anos nosso poder aquisitivo cresceu. Construímos um ponto comercial ao lado de nossa residência e transferimos a loja para lá. Ali se vendia razoavelmente bem: tecidos e seus artefatos, remédios populares, tintas para tingir roupa, óculos de grau e bebidas leves. Naquele tempo nossa família militava ao Partido Social Democrático, PSD, chefiado pelo Cel. Francisco Santos que estava com o governo. Papai não era político, no entanto, por ser casado numa família muito grande, podia arrebanhar muitos eleitores pra algum candidato. Confiando nisso, dirigiu-se a Picos, conversou com o Cel Francisco Santos e conseguiu uma escola pública para o povoado. Cedemos ao Estado uma sala de nossa casa, mesa do professor e banco para os alunos. Minha mãe foi a primeira professora pública contratada pelo Estado.
Em 1947 nosso partido perdeu a eleição pra Governo do Estado e mamãe foi demitida. Veio a crise económica dos anos cinquenta.
O País estava em crise. O Nordeste agonizava. Nossa loja estava repleta de tecidos e outras mercadorias, quando foi decretada a moratória. Muitos comerciantes da região fecharam suas lojas. A nossa também não resistiu. Tivemos que nos desfazer de parte dos bens para pagar aos credores e voltamos a viver de renda das propriedades e do comércio ambulante.
Um dos credores cresceu as vistas sobre a roça de carnaubal. Papai queria entregar. Não era homem de dar prejuízo a ninguém. Mamãe protestou.
"António, você pode entregar tudo, mas a roça do carnaubal não! Não vou deixar meus filhos passarem fome. Entregue a rocinha perto da cidade". Papai acolheu o conselho da esposa e mantivemos o carnaubal.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui