Outro domingo havia chegado. Durante a semana toda passei relembrando aquelas cenas e o que significariam para mim, dali por diante.
Era uma ansiedade incontida.
Ao avistá-la, meu coração estava aos saltos, percebia-se nitidamente em meu pescoço, a respiração e a pulsação que se seguia após encontrar seus olhos e seu sorriso. Novamente saudou-me com um disfarçado “selinho”. Aquilo prometia... Queria dizer que o domingo anterior não tinha sido um impulso momentâneo de mulher... Ela parecia desejar o mesmo que eu.
A Cássia, esse era o nome dela, tinha me impressionado desde o primeiro instante em que a vi. Havia algo nela que transcendia esta vida.
Caminhou rumo ao seu lugar, sempre na última fileira e sozinha e sentou-se.
O que me reservaria desta vez? Não. Estava na hora de eu mesmo tomar a iniciativa. E ocorreu-me uma idéia: Havia uma banqueta na sala.; dessas banquetas de projetista, alta e de madeira resistente.
Levei-a até o interior do banheiro. Entrei e após depositar a banqueta, lembrei-me que a minha capa tinha duas aberturas laterais, dando a entender que quem a usasse se precisasse pegar algo no bolso da calça, não necessitaria levantar a capa.; aquela abertura facilitava as coisas... E como facilitaria na concretização do meu plano... Saiba como:
Abri a braguilha da minha calça, tirando com dificuldade a parte mais latejante do meu corpo. A capa abotoada cobriria tudo. Tinha que revidar o “golpe” que ela havia me desferido semana anterior - e com estilo.
Após essas providências me encaminhei por trás dela, abraçando-a com carinho. Ela correspondeu encostando mais ainda seu corpo no meu peito.
Não resistindo, beijei seu perfumado pescocinho. Ela se ajeitou melhor na cadeira com os pulmões arfando. O caminho estava livre, pensei. E tremendo de medo e emoção, introduzi minha mão em seu decote e facilitado por ela, encontrei seu seio direito de mamilos fartos e intumescidos pela excitação.
Após alguns instantes, liberei o seio de minha trêmula mão direita e pegando na sua, conduzi-a até a providencial abertura de minha capa, onde ela encontrou endurecida, em brasa, latejante e úmida, a parte mais atrevida do meu corpo, sequiosa por aquela macia mão. Segundos depois, com a mão direita escorrendo aquele fiozinho de mel que prenuncia um desejo sexual mais profundo, retirou-se da fenda de minha capa, aspirou profundamente a mão em suas narinas, enxugou-a em um lencinho que encontrou na bolsa.
Junto com o lencinho, ela trouxe para fora da bolsa, um pacotinho, que cuidadosamente introduziu no bolso direito da minha capa. Corri para o banheiro para saber do que se tratava. Era um preservativo. O código estava decifrado. Era isso o que queríamos. E tinha que ser aquele dia.