Todos nós temos vozes, sendo roucas ou não, nos esquecemos de gritar, todos nós temos um sopro de vida a nos animar, e sendo ela boa ou não, nos esquecemos de viver.
Temos preocupação em demasia para reclamar e indignação em minoria para reivindicar, olhos que já não sabem mais chorar, bocas que só sabem falar, o tempo passa igualmente para todos, mas só alguns envelhecem enquanto outros permanecem sempre jovens.
Quem inventou amor, inventou só um amor genérico, aquele feito para todo mundo amar igual, escrito em livros e descrito em filmes, que resolve a nossa necessidade emocional de estar com alguém( e como todo remédio causa dependência, a dependência emocional não do amor, mas do alguém), e o nosso amor a gente inventa, ele não precisa ser igual ao de todo mundo, tem um idioma próprio, tem as suas próprias línguas(as que ficam roçando uma na outra durante nosso beijo)...quem inventou o amor inventa de novo por favor...