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cronicas-->A vara de quatis -- 28/11/2007 - 11:05 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A vara de quatis

Fernando Zocca

Os empreendimentos dos irmãos A. eram diversificados e além da fábrica de barcos, forneciam areia e pedra britada para a construção civil.
Pois não pode restar dúvida terem, os alicerces do Edifício Luis de Queiroz (COMURBA), que desabou em novembro de 1964, matando mais de cinquenta pessoas, sido feitos com material fornecido pelos irmãos A.
A empresa retirava a areia do leito do rio Piracicaba e as pedras eram fragmentadas na britadeira instalada no final (ou começo, depende do ponto de vista) da rua Ipiranga.
Além desses empreendimentos tinham os irmãos A. uma oficina mecànica própria onde consertavam seus caminhões e automóveis.
O abastecimento da frota era feito numa bomba de gasolina instalada na calçada defronte a entrada principal do salão onde ficavam expostos, para a venda, os barcos feitos na marcenaria.
Era comum o estacionamento de caminhões pesados diante do escritório da empresa. Vinham carregados e tinham as cargas cobertas por lonas, sobre as quais colocavam os botes para as viagens longas.
Era habitual também o desembarque dos carregamentos de toras de madeira vindos da Amazónia. E no meio do barulheiro formado pelas serras elétricas, marteladas e vozerio destacavam-se os pipilares dos curiós e canários do Z.A.
Z.A. era um dos irmãos donos da empresa, morava nas proximidades, era casado com mulher afetada e tinha três filhos: dois meninos e uma menina. Desses descendentes um deles, o C.A. mostrou-se desde criança, bastante afeminado. As suspeitas sobre ele confirmaram-se com o passar dos anos. C.A. tornou-se gay e para sobreviver instalou um bar onde promovia serestas.
Segundo informações de M.C.A., a professora aposentada, C.A. faleceu em decorrência das complicações que lhe causaram a AIDS. Seu bar era frequentado por gays, prostitutas, menores, vereadores e por seresteiros simpatizantes.
Mas os mentores do grupamento familial foram sem dúvida a catedrática da ESALQ M.A. e seu marido, que segundo informações de conhecidos, era engenheiro civil.
M.A tinha um irmão artista festejado na sociedade piracicabana: era o J.A. célebre pintor expressionista que passava tardes e tardes trabalhando na área externa, defronte a garagem da sua casa, com o portão da rua aberto, exposto para quem quisesse vê-lo.
Esse pessoal todo tinha interesse indireto na herança deixada por J.C.Z., na medida em que o irmão deles o Sr. C.A., casado com I.Z.A., possuía direitos hereditários sobre os bens do espólio.
O caminho escolhido por essas pessoas, para demonstrar contrariedade ao jeito escolhido por F.Z. e D.B.Z., na repartição da herança, não foi o judicial, mas sim o dissociativo, o persecutório.
As manobras nunca foram diretas; sempre simbólicas. Meu irmão F.E.B.Z., que trabalhou como tratorista na ESALQ, teve lá o início de um estilo de vida que o levou à desagregação familiar e à morte.
No tempo em que F.E.B.Z. era empregado na universidade, o prefeito do campus era H.C., hoje canceroso, que também foi eleito prefeito de Piracicaba.
A indústria de barcos dos irmãos A. foi à falência quando surgiram no mercado os botes feitos de alumínio, e seus proprietários acharam-se idosos demais para atualizarem-se com a nova técnica.
Na área extensa, onde existia o prédio da fábrica, foi construído um edifício de apartamentos.
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