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Cronicas-->VI- A Avareza... -- 26/01/2001 - 17:34 (Isis Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Mais um pecado, que guardo neste texto cujas palavras, trancafiadas pela subjetividade da minha vontade egoísta, se mascaram em frases elaboradas para fugirem silenciosamente deste escandaloso defeito.
Defeito é uma palavra bem interessante para se desculpar os erros conscientes cometidos de forma descarada por tantas pessoas. A aceitação de um defeito é mais coerente que a aceitação de um pecado, portanto, facilita imensamente justificar-se com a frase "errar é humano". Mais que um clichê, é algo revestido de compreensão e compaixão até, que busca justificar o erro com outro: a subserviência.
A complexa relação estabelecida entre objeto e sujeito, ultrapassa a dialética para cair em sofisma que pode ser fatal. O sofisma da inversão de valores, onde a relatividade não está apenas no valor, mas na inversão também; onde o limite para o direito adquirido e direito "natural" da posse, é algo questionável.
Afinal as pedras que viraram pão, ao final da subida dos apóstolos e Jesus, eram da terra, ou eram "divinas" originárias? E o pão, era posse dos apóstolos que carregaram as pedras, ou de Jesus que as transformou? Segundo algumas teses teológicas, o que é divino é posse imaterial, portanto, é da humanidade que tem por dever preservar e cultuar, etc.
Eis que lhes pergunto: o que é avareza, se os representantes "divinos" de tantos deuses, são tão escandalosa e generosamente avarentos? E esclareço a pergunta: por que os católicos mantêm-se protegidos e isolados da miséria, pestes e doenças, trancados em suas monumentais paredes ornamentadas ricamente do Vaticano? Ah sim, pode ser uma questão de "prece". Já que o material de nada vale, o que vale é Cristo no coração. Então, por que toda a política do pseudo-país mais rico do mundo, o Vaticano insiste tanto em preservar e acumular riquezas incontáveis?
Prefiro não deter-me à uma única entidade, estendo tal pergunta à tantas outras ceitas católicas, evangélicas que exploram a fé humana, regando com a água da avareza as rosas espinhentas da ganància hipócrita.
Mas, para não enfocar um único tema, questiono também a nós, pobres mortais. O que entendemos realmente sobre o egoísmo? Será a superfície dos objetos e demais posses? Pois digo que estamos nos entregando à cegueira da demagogia, quando "doamos" algo como caridade - o que é muito triste, confundir "generosidade" com mera obrigação! - e voltamos para a rotina onde escondemos os segredos profissionais, e pessoais próprios e alheios, a fim de entregar a um preço justo e acumular mais conhecimento ou posses intocáveis.
Será herança! Dizem orgulhosamente aqueles que pensam estar honrando a família. Mas eis que estão em constante período de reflexão sobre o merecimento de seus beneficiários. Um passo em falso e logo agarram-se na bóia do poder, que está à deriva no oceano egocêntrico de náufragos faraós.
Desiludidos em saber que nada se leva deste mundo, alguns tentam restabelecer-se e adquirir o equilíbrio espiritual suficiente para ao menos alcançar o Elísio, ou reencarnar decentemente. Mas poucos conseguem vislumbrar e alcançar a luz, sem que o fio de Ariadne se rompa, pois o temor em compartilhar ainda é avassalador.
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