Alguns amigos quiseram dar-me uma Belina velha. Ocorre que o vetusto veículo apresenta tamanha quantidade de contratempos e incertezas que achei melhor ponderar mais sobre o assunto.
Na verdade seu mecanismo está obsoleto. Sua forma de condução dos problemas que pretensamente pretente resolver, já não encontram mais respaldo na sociedade moderna e cientificamente desenvolvida.
Eles no início avaliaram sobejamente o móvel e depois disseram que, se eu lhes desse a metade do preço que julgavam necessário, teria o local excelente para minhas práticas.
Acontece que em estando quase aprovada a tradição, surgiu um dos irmãos herdeiros do dito cujo carro. E dizendo que tinha colocado escapamento novo naquele motor velho, queria ressarcimento. Esse embargo possibilitou a mim ver que o negócio não seria bastante útil para minha família. Na verdade teria que desviar dinheiro de outras prioridades para remendar aqueles buracos todos.
Ademais surgiram dívidas. Se não me engano mais de 156 cobranças feitas por credores diversos. E isso, sem sombra de dúvidas, enfraqueceria o já minguado orçamento familiar participativo.
Ora, sem querer entrar no mérito da origem de todos aqueles débitos, quero crer, que não seria de bom equilíbrio aceitar aquele verdadeiro presente de grego. Na verdade ele transfere para minha família, e pessoa, as obrigações nele atreladas. E isso não nos parece ser de bom senso.
Por isso, nem mesmo de graça quero aquele presentão de grego. Se para quem é o seu legítimo dono ele produz dores de cabeça infindáveis, por que eu as desejaria para mim?
Que tem, lôco?
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