A palavra spam em inglês quer dizer “lata de conservas de carne americana”¹, mas o termo tomou outro significado na internet: “e-mail não solicitado”, “lixo eletrônico recebido por e-mail”.
Quem utiliza freqüentemente a rede mundial de computadores certamente já recebeu um destes em sua caixa de correio eletrônico. Basta cadastrar-se em um site para participar de algum sorteio ou para utilizar “inteiramente grátis” determinado serviço ou ainda para se divertir com algum passatempo e dias depois, “misteriosamente” sua caixa de entrada de e-mail começa ser invadida por propagandas de todos os tipos: produtos alimentares, redes de trabalho em casa, links de sites pornográficos (o que mais aparece) e recentemente nas eleições até e-mail de propaganda eleitoral com a foto do candidato.
As empresas vêem o spam como uma mina de ouro da propaganda, já que pode-se adquirir um cadastro com 10.000.000 (dez milhões) de e-mails em média por R$ 60,00, o que certamente é muito mais barato que qualquer outro tipo de veículo de comunicação. O problema é que estas mensagens ocupam espaço de armazenamento no seu servidor de e-mail, podendo exceder o limite de armazenamento e não deixa-lo receber coisas mais importantes e te fazem perder um tempo considerável verificando se a mensagem é algo importante, já que muitas vezes elas vêm com um título apelativo ou pessoal (Olá Maria, estou com saudades...), você abre e encontra um SPAM.
Como evitá-los? Primeiramente é ler cuidadosamente as políticas de sites que solicitam cadastro, pois muitos deles vendem seus dados. Outra forma é utilizar os filtros de mensagem de e-mails gratuitos (webmails), que bloqueiam as mensagens em massa ou de remetentes desconhecidos. O programa “Outlook Express” da Microsof já vem uma opção de bloqueios que pode ser usado para não receber mais spam de determinado remetente, embora muitos deles troquem de nome para furar este bloqueio. Ficar repassando mensagens de corrente que você recebe com o e-mail de todo mundo que te mandou adicionados dos que você envia, também contribui para que pessoas utilizem estes endereços para te mandarem mais lixo eletrônico. Para evitar este problema apague o cabeçalho de quem te enviou e digite seus endereços na linha BCC (cópia oculta), assim quem o recebe, não vê quem mais recebeu. Já existem alguns programas que verificam a as mensagens em sua caixa de entrada e marcam as que tem possibilidade de serem spam, para que possa bloquear o remetente ou o domínio (nome que vem depois do arroba).
O internauta Rômulo Campos, programador de sistemas, declarou que responde
as mensagens indesejadas, pedindo para excluírem seu nome da lista e ameaça o remetente de entrar com processo na justiça segundo a Lei de SPAM ² de e assim evita receber futuras propagandas do mesmo, já a internauta Luiza Santos, de Joinville – SC me disse que nunca lê os spam que recebe e sempre que pode, bloqueia o remetente e Rodolfo Rodas um amigo argentino, chegou até a mudar o endereço de e-mail para se livrar do excesso de spam.
Já há um precedente na justiça, com uma empresa de Porto Alegre - RS que foi obrigada a pagar indenização por causa do envio indiscriminado de e-mails, para ler a notícia na íntegra acesse o link http://conjur.uol.com.br/view.cfm?id=11340&ad=b. Se decidir entrar nessa briga, você pode encontrar vários sites contra o uso de spam que oferecem programas para download, notícias relacionadas, dicas e discussões sobre a legislação que controlará esta prática: www.antispam.org.br, http://www.nospam.com.br/. Programas gratuitos em inglês para download: http://www.spambutcher.com , http://www.mailwasher.net
¹ Tradução do programa Babylon-PRO
² Não existe ainda uma lei anti-spam, mas sim um projeto de lei nº 7.093/2002 que proporciona aos receptores a escolha de parar de receber mensagens eletrônicas comerciais, e estabelece sanções administrativas (multa de cem a dez mil reais por mensagem enviada, acrescida de um terço na reincidência) e penais (reclusão, de um a quatro anos) no caso de descumprimento, sugerindo no que couber, a aplicação subsidiária da legislação de proteção e defesa do consumidor
