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cronicas-->Sexo sem nexo -- 28/01/2001 - 17:27 (Anizio Canola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O amor está em alta na cotação sentimental, merecendo muita atenção. Esse sentimento puro que une duas pessoas, jamais acusou quedas acentuada na história da humanidade. Por ser imprescindível para a perpetuação da espécie. Apenas, conforme a época, o amor é tratado com maior recato. Nos dias atuais a ostentação é a normalidade. Fácil é presenciar em qualquer lugar cenas amorosas. Algumas pareceriam indecentes em outros tempos. Tendo lugar só veladamente. A razão é simples: o amor está na moda. Evidentemente, refiro-me ao amor na mais pura essência do sentimentalismo humano. Os tipos degenerativos de amor, a exemplo dos amores de aluguel, fingidos, ou de ocasião, não são aqui considerados por motivos óbvios, conquanto também transbordem por aí.
Volta a explodir o amor intenso, apaixonado, pelo simples e maravilhoso motivo de amar alguém e ser correspondido. O estilo de amar muda conforme o tempo. Florescesse na atualidade o amor sem fronteiras de Romeu e Julieta, seriam jovens iguais a muitos que pintam nos finais de semana nos altos da Avenida Brasília (point de Araçatuba). Romeu pilotando uma possante moto envenenada e trazendo no costado, agarradinha, a liberada Julieta trajando um conjunto jeans da moda. Pois os meios são irrelevantes, prevalecendo tão somente os fins.
Em suma, continua vigorando dedicar uma música, escrever uma carta de amor, ou oferecer uma rosa vermelha ao seu gato ou gata. Os programas especializados das nossas emissoras estão cheios de pedidos do gênero, num atestado cabal de não haver substituto para um carinho sincero.
Por outro lado, as telenovelas, de maneira geral, com a desculpa de exaltarem o amor, submetem seus atores a extenuantes maratonas amorosas. Em intensas cenas automatizadas dão a falsa impressão que a atração física desperta o amor. Quer dizer, invertem a ordem natural da criação. A sabedoria popular diz que até doce de coco enjoa. Amar é bom, mas tido como obrigação a coisa engrossa.
Desapareceram os enredos regulares. As situações são forçadas, sempre entrecortadas por idílios absurdos. Há preocupação exacerbada para as cenas apelativas, até mesmo grotescas. Inclusive ocorre situação esquisita, parecendo que tudo deva girar em torno dos mesmo atores. Contenção de despesas? Como ninguém mais entra na história, os personagens vão repassando uns ao outros e até irmão já amou irmã. A saída providencial do autor foi torná-los filhos de pais diferentes. Porém, o autor que se cuide. Qualquer dia ele se enrola de vez e ninguém conseguirá desatar . Gente, amor merece mais respeito...
A propósito, segundo as más línguas a mulher de um certo ator do horário nobre andava desconfiada do entusiasmo dele nas ardentes cenas amorosas. Ele e a atriz garantiam sempre que tudo não passava de atividade profissional. Não sentiam nada de mais, apenas seguiam o "script". Um dia a esposa apareceu no estúdio durante o intervalo de filmagem. No camarim, surpreendeu os dois numa posição comprometedora. Ele, visivelmente perturbado, levantou-se e à guisa de explicação, disse:
- "Estamos só dando uma treinadinha..."
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