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Cronicas-->Sem rádio e sem notícia... -- 12/12/2007 - 14:29 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Morávamos numa casa campestre de alvenaria em estilo rústico, mas muito aconchegante. Na parede da copa se via lindas estampas de treze santos diferentes dos quais conhecíamos história e milagres. O terreiro de areia branca era palco dos folguedos, das brincadeiras de roda, e do casamento chinês. No meio do pátio ficava um pé de buganvília cor de rosa pink, plantado com muito carinho por mamãe, ao lado direito, o curral de vacaria e o chiqueiro dos bodes. No quintal se criavam lindas galinhas de penas coloridas. Mamãe dizia: "Elas são lindas! Eu as criava mesmo que só servissem para enfeitar o quintal".
Nas noites de luar a calçada de nossa casa se enchia de gente: avós, tios, primos e parentes mais distantes vinham conversar, trocar informações e saber das novidades. Naquele tempo, ainda não se tinha rádio nem televisão, as notícias chegavam por carta ou de boca a boca.
O velho relógio de parede de tio Càndido, a menos de 200 metros de nossa casa, pingava as horas pontilhando o tempo, no silêncio e quietude da vida campestre. Vivíamos como dizia Luís Gonzaga: "... sem rádio e sem notícia das terras civilizadas." Mas éramos felizes porque respirávamos o ar puro da natureza e não se ouvia falar em violência ou droga.
Na época das chuvas o rio Riachão transbordava para, pouco tempo depois, oferecer uma água pura e cristalina. Era raso, por estar perto da nascente e logo após as primeiras enchentes, já se podia ver a areia branca do seu leito e as piabas nadando numa água transparente e sem nenhuma poluição. Não tínhamos brinquedos sofisticados, mas a mãe natureza nos oferecia o lazer. No fim das águas, os bancos de areia enchiam-se de sarça e outras plantas rasteiras. Com os ramos das sarças fazíamos cordas e amarrávamos nas galhas de oiticica para nos balançar. Vivíamos no silêncio e aconchego da paz.

LIMA,Adalberto, SOUSA,Neomísa et al.O Brasil nosso de cada dia.
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