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cronicas-->Chega! (*) -- 23/12/2007 - 17:40 (Benedito Pereira da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Chega! (*)


Ditado muito conhecido e um tanto antigo, o qual não deve ser esquecido jamais: "Pimenta nos olhos alheios é refresco."


O sofrimento é o mesmo pra todos: pra uns, maior; pra outros, menor; todavia, existe em escalas diferentes, porque o psicológico de cada um é mundo, grande e surpreendente, com seus mistérios e tudo o mais.


Muito bom ser atendido no que se solicite ou deseje. Entretanto, as outras pessoas pensam (com acréscimo ou diminuição ou até com o dois itens!) dessa maneira, por certo.


Nada pode (nem deve) ser de pleno bom e recomendável se apenas uma das partes é beneficiada ou ganha. Valorizar o produto (serviço ou trabalho) do outro parece que ajuda em vez de atrapalhar.


A vida seria menos árida e, com segurança, nela haveria menos egoístas se pensássemos mais no semelhante, ou seja: não quero para o outro o que não desejo pra mim.


É preciso encarar o nosso irmão com o entendimento de que cada um tem o seu jeito peculiar (uns até inaceitáveis!) e de que ele é portador de anseios - se não iguais aos nossos - parecidos talvez em número e grau (e por que não dizer: em gênero?)


Sem dúvida, pensam diferentemente homem e mulher. Só que a diferença tem de ser administrada e não estabelecer causa de destruição. Os pensamentos contrários (desde que haja amor e harmonia) podem auxiliar, e muito!


O história a seguir ilustra, com poucas palavras, o que está retronarrado:


Após algum tempo de convivência, cheia de altos e baixos, mais estes do que aqueles, chega à amarga conclusão: incompatibilidade total de gênios.


Difícil decidir. No caso, não há muita escolha. E, para desencanto maior de ambos, qualquer alternativa comporta reparos.
Assim, na pesquisa de variável menos severa, resume tudo - não como alguns que põem termo à vida - com discernimento e amor a si e aos seus.


Decisão bastante dura, porém aproximativa do mais conveniente e sensato. Tende a atender a todos, ainda que não em termos de cem por cento.


De manhã, após o café (sem doce e meio frio: era do dia anterior!) - do qual só tomou metade da xícara - organiza a mala (pouquíssimas roupas e alguns pertences (no instante, as crianças dormem, quiçá sonhando com os anjos!), olha, pela última vez, os compartimentos da casa na qual viu os meninos crescer e brincar como fazem todos os jovens nessa fase tão bonita da vida, a infància, despede-se deles, silenciosamente, e deixa este bilhete em cima da cómoda, para aquela que sonhou ter para sempre, mas que a força dos gênios, muito diferentes, inviabilizou:


Não lhe vou dedicar o tratamento que merece (seria muita crueldade!); contudo, vou atacar você com as mesmas armas com que me tenta atingir: indiferença e desamor.


Decididamente,
adeus!


_________
(*) Brasília, DF, 17/03/1988.







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