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Cartas-->GUANABARA -- 08/11/2000 - 10:29 (Cristal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
24 de janeiro de 1994.


Dia 14 via os carros descendo pela avenida que vinha do aeroporto. As chuvas haviam parado e talvez alguns vôos deveriam ter chegado.
Eu sentia saudades do meu pai. Sentia tristeza por saber que ele passava os seus dias fazendo força, consertando aviões e empurrando as enormes portas de correr do hangar. Eu me sentia inutil não podendo fazer nada. Quando o ônibus cruzava a avenida atrás dos muros do aeroporto às vezes era possível ver os aviões enormes a poucos metros de distância. O enorme gramado e lá longe do outro lado o hangar. Tinha vontade de pular o muro e sair andando por aquela grama verde, aquela pista enorme e chegar lá no hangar. "Oi Pai, vim te ver" Então uma vez eu disse para ele se eu poderia passar pela pista para chegar até o hangar sem precisar dar a volta. Ele me disse que "o homem lá da torre te veria de binóculos e mandaria o jipe da segurança te pegar" . Fiquei com vontade de fazer isso, mas não fiz. Talvez ainda farei em algum dia em que estiver meia doida. Pensei. Por que hoje a razão em mim ainda fala mais alto. E era essa mesma razão que estava me fazendo cair na real e por os pés no chão, ali mesmo, perto do aeroporto. Entre as coisas que eu sabia que eram verdadeiras e as que eu queria que fossem. As ruas ali, largas e arborizadas me inspiravam liberdade, uma liberdade maior ainda quando via os aviões enormes decolando como se fossem brinquedos de papel. Para onde eles iam? De onde vianham? Eu nunca sabia.
Eu já tinha me acostumado com o Guanabara, mas alguma coisa me dizia que não era para me apegar. Talvez fosse uma sensão típica de quem a cada seis meses muda de lugar.
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