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Cronicas-->O EU SERÁ SEMPRE UM VASO DESPEDAÇADO? -- 28/12/2007 - 20:24 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O EU SERÁ SEMPRE UM VASO DESPEDAÇADO?
João Ferreira
28 de dezembro de 2007

"O eu é sempre um vaso despedaçado. Haverá um vaso inteiro capaz de nos conter?".-" L´io è sempre un vaso spezzato. Ci sarà un vaso intero capace di contenerci?"

Terenzio Formenti

A sabedoria das "Gotas de orvalho Serendipity" enviadas pelo senhor Formenti desde a cidade de Brescia para o site da Magriça são sempre um bom ponto de reflexão para seus leitores.
O interessante é que o texto acima citado não fala nem sequer da "pessoa humana", em si. Fala do "eu". E quando ouvimos falar do eu, vem-nos imediatamente à lembrança uma variedade de mundos diferentes. Há o eu que é centro de atribuição de ações, ponto de referência essencial de responsabilidade, de ações e de afirmações. Em rigor, a parte consciente e superior da personalidade humana - aquela que tenta tomar o comando da vida e da realização profissional, que, apesar de tudo, também parte a cara, muitas vezes, pela sua arrogància e prepotência. Evidentemente que há "eus" e "eus". Há eus racionais, eus moderados, eus que estudam e lêm, eus que ouvem e refletem, eus que fazem todo o possívl por se aterem a normas e projetos individuais e sociais. Há eus que amam e são referência exemplar de algumas das mais belas epopéias de amor e de vida humana. E há outros eus ainda.Incarnações diferentes da atuação do eu. E entre eles, como mais perigosos, os eus arrogantes, os eus primários, agressivos, e violentos, que se servem de sua força instintiva e vão em frente de qualquer maneira rompendo tratos, regras e preceitos, arrasando. De tão frequentes que são as transgressões e desfigurações do "eu ideal",formula-se a pergunta se haverá de fato um "eu" que seja vaso inteiro e íntegro que não quebre nem se despedace. A pergunta é feita com naturalidade. Pois se a experiência humana dá como norma que " o eu é sempre um ser despedaçado", coloca-se esperançosamente também a "pergunta de um eu íntegro que possa fugir à regra comum" do despedaçamento. É claro que todos os seres humanos são de barro. Mas há barro fino também. E para evitar quebrar tanta louça representada pela atuação dos vários eus das várias pessoas, haveria que colocar a esperança de que uma boa educação das pessoas, uma redução da propensão do egoísmo cego e do caráter selvagem e violento de muitas pessoas, ajuda a orientar comportamentos, a ter esperança em vidas mais equilibradas e corretas. A educação, a formação e a cultura das pessoas são possíveis. Há temperamentos no meio. Mas, ao lado, há educação de temperamentos tentando equilibrar personalidades. Acreditamos por isso que na vida nem tudo são cacos. Nem todos os vasos são destinados a quebrar. Tem que ser educadas as mãos e a cabeça das pessoas que pegam nos vasos. E há que despertar a atenção do "eu" das pessoas e treinar muito, mas mesmo muito, para que haja "eus" íntegros que não se despedacem com tanta facilidade ao primeiro toque, como sói acontecer!

João Ferreira
28 de dezembro de 2007
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