Aos meus bons amigos... os que o tempo não levou... que a distância não roubou... aqueles que mudaram... mas ficaram meus amigos...
Sei que por muitas vezes faltei, falhei, errei.. não pude ser o abraço que precisava... não pude ser eu no telefone que tocava... as vezes até a memória traiu... ou falei sem pensar... quase gritei... chorei... calei... pensei... e até acordei muitas vezes com belos puxões de orelhas, que os bons amigos são mestres em dar...
Quando paro no tempo e fito o rosto de cada um... chega dá um arrepio por dentro... do tempo que passou... é, mas também choramos... brigamos... sofremos... mas fomos amigos, amamos... vivemos... como vivemos...
Sei que por diversas vezes houve cobranças... amizade não se cobra... se dá... e recebe... só com o tempo a gente aprende(e prende)... entre os bons amigos a amizade cresce... a gente muda... é fato... é certo... as circunstâncias mudam... mas o tempo não apaga a vida da gente com borracha... e nem saímos por ai tentando substituir um sorriso amigo por outro de “conhecido”... podemos até tentar... mas vamos falhar, não dá... não serve... só amigo preenche...
Quando ficamos mais “velhos”... acho que ficamos mais tolos... ou bobos... quem sabe espertos? Não sei ao certo... a paciência parece que cresce... as brigas já nem sempre acontecem... mas se acontecem... passa um tempo a gente esquece... a gente aprende com criança... a ser criança... a ser adulto bobo... a ser alegre intensamente...
A gente revê as fotos... e por vezes encontramos os mesmos sorrisos amigos... em moldes tão diferentes... o tempo talha nossa gente...
Amigo não sente a dor que a gente sente, porque ninguém sente, a dor é só da gente... mas amigo recente por não poder tirá-la quando aperta... amigo fica perto, mesmo distante... amigo comove... e move montanhas pra estar presente...
Para bons amigos... o imperfeito soa bem, pois há respeito... por melhor que sejamos, não adianta... não somos perfeitos, um dia erramos... um dia a gente magoa alguém... alguém que amamos... nossos bons amigos fazem milagres... se “teletransportam” por nossa memória a todo instante... amigos têm fé... eles acreditam na gente... nos falam mesmo ausentes... na mente... e nos deixa contentes... amigos são gente como a gente... que chora... emburra... faz que vai embora... nos enche de saudade... mas volta... e em cada nova lembrança... aquela velha esperança... que meus bons amigos sejam pra sempre.
A vocês... meus “bons (velhos) amigos”... um amor gigante... meu amor presente... mesmo que por vezes lhes pareça ausente... a amizade da gente!
