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Cronicas-->Memórias de loucos (I) -- 29/01/2001 - 23:11 (Anizio Canola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- "Definitivamente detesto essas pessoas que vêm fazer não sei o quê neste lugar. São esquisitas. Não consigo compreender o que desejam. Sempre voltam. Coisa irritante. Não dão trégua. Basta soar a sineta, como agora, que elas aparecem. Quem lhes permite a entrada é o cara de guarda-pó branco. Que todo dia vem aqui. Os outros demoram mais. Acho que ele confere nosso exército. Porque sempre traz uma esferográfica no bolso. Desconfio também da mulher loira de rosto corado. Gosta de nos espetar com uma terrível arma minúscula. Dói tanto... Mas a gente aguenta. Somos rijos! Nada de dar o braço a torcer. Pior que ela adora nossos braços... e nádegas. Eh, essa minha cabeça. O nome dessa arma é... Esqueci. Algo a ver com farmácia... Resfriado... Vírus... Ah, deixa pra lá. Ela anda sempre com uma bacia de comprimidos coloridos. Que dão sono! Com certeza é uma espiã disfarçada. Mas jamais descobrirá nosso segredo. Da mesma forma, tememos o moço de azul. Ele bate, quando me afasto para meditar. Ajo assim para traçar os planos. Guerra requer o máximo cuidado e estudo. O sujeito de óculos é bonzinho. Escutei quando falava em operação. Credo, será que descobriu nossa operação de guerra? E a batalha vai ser mesmo sangrenta, sabemos disso. Aí vem aquele pessoal de novo. A porta vive geralmente trancada. Porém quando a escancaram, passa tanta gente por ela. Imito os companheiros e assumo uma posição cautelosa. Um general deve estar constantemente prevenido. Nunca se sabe se alguém trairá a causa. No meu espaço, sempre pára essa mulher que tem um olhar conhecido. Contudo não entendo nada do que ela me diz. Nem mesmo o motivo do seu choro. O menino que ela trouxe reclamou que não liguei, quando ele pronunciou o meu nome. Nome... Generais têm patentes e nomes de guerra. Bem sei o meu. Esses estranhos pensam que me enganam. O guri falou para ela que lhe neguei a benção. Que quer dizer isso? Foi bom nosso grupo combinar de permanecer em silêncio, enquanto eles estiverem por aqui. Uma eficiente manobra de guerra. Também decidimos arregalar os olhos e fitá-los, evitando assim que tentem algo. A mulher tirou um lenço da bolsa. Sinto que não quer que eu veja seus olhos lacrimejantes. O garoto, agarrado à sua saia, também chora. Deve ser porque o cara lhes disse que eu penso ser outra pessoa. Ora, então não sei que sou UM GENERAL? Assustaram-se com o meu grito. Quero que me deixem em paz, isso sim. O cara falou em camisa-de-força. EU QUERO A MINHA FARDA! A batalha pode começar a qualquer momento. E não posso me distrair. Onde foi mesmo que escondi meu cavalo? Talvez naquele armário..."
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