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Cronicas-->2008 ANO QUE PEDE OUSADIA PARA TODOS -- 01/01/2008 - 01:28 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
2008 ANO QUE PEDE OUSADIA PARA TODOS
Crónica
João Ferreira
31 de dezembro de 2007 -1 de janeiro de 2008

Tal como você, caro leitor, também eu estou na expectativa da virada do ano. Fiquei em casa. Lá fora estralejam foguetes. Sente-se o clima. Nos clubes e nas ruas há uma excitação própria. Os supermercados venderam champanhas, sidra à valenciana, vinhos brancos e tintos, chilenos e portugueses. Tem gente que vestiu roupa colorida e alegre, saiu das quadras e dos condomínios e foi festejar na esplanada dos ministérios, no eixo monumental, na Academia de Tênis, na Torre de TV, nos bares, nos shoppings! Sei lá! Saiu. Foi ver a iluminação, buzinar, fazer coro com o barulho da rua, dar uma passada pelo Pontão, lá no Lago, alugar um barco para passear e ver melhor o perfil iluminado da cidade, participar de uma festa em casa alugada no lago sul. Mil maneiras. No fundo, celebrar. Isso é o normal. O chavão corre de boca em boca:passar o facho do ano velho para o ano novo, enterrar o ano velho, desfazer-se dos trastes que sobram no apartamento e jogá-los da janela para a rua. Tradições candangas! Muitas coisas bombásticas, entre costumes finos e costumes bárbaros, numa atitude despreocupada e debochada. Mas há pessoas que ficam em casa. Que não sentem falta de se expandir desta maneira, de fazer encenação nem celebração. Têm suas razões para isso. Em minha opinião, falar de ano velho e de ano novo é o mesmo que falar de partes de um mesmo fio. Esse fio é o tempo. Nós somos herdeiros da celebração da importància desse fio. E basta. Continuamos pisando esse fio. E por isso quando os foguetes estralejam intensamente na chegada da meia noite de 31 de dezembro e na passagem para a madrugada de 1 de janeiro, esse fio é esticado e passa a ser um fio novo, um fio do novo ano.
Estamos em plena vivência da passagem de ano. Não posso ignorar o fato. Daqui vejo o céu estrelado e presencio a intensidade de foguetes no ar. Giràndolas. Festejos de massa. Alegria. Explosão. Celebração! Festa. Ano velho despachado. Ano novo saudado.
Mas há outros cenários. Muitas pessoas estarão celebrando esta passagem num confortável ritual de comes e bebes.
Talvez diante de um panettone, ou abrindo uma champanha, ou comendo um pedaço de bolo natalino recheado de frutas cristalizadas e uvas passas. No que a mim toca, por enquanto estou só escrevendo. Ao lado tenho uma viçosa romã adulta cheia de grãos e de suco suavizante. Tenho uma garrafa de vinho do Porto Ferreira rubi e um panettone para quando chegar a hora de minha celebração. Por agora quem faz a festa é o relógio de parede que está diante de mim e faz tic-tac quase ditando o ritmo de minha escrita. Em compensação, escrevo numa mesa espaçosa. E isso passa a ser vantagem para mim. Favorece minha imaginação que gosta de se expandir pelo mundo. Sem preocupação com anos velhos e novos. Pensando apenas no problema do fio do tempo que nos atravessa e que constitui uma novela ininterrupta da qual somos personagens, com ação própria. Pensando em nosso Dasein, em nossa realidade existencial, no fato de estarmos aí, existindo, na precariedade da existência. Estou pensando no Brasil ao reler a edição especial de Natal e de fim de ano da revista "Carta Capital", n. 374, ano XII, de 28 de dezembro de 2005. Na mira do ano novo de 2006: Brasil - "um país por fazer"! Na linguagem de massa é como se dissesse: o ano 2005 era o ano velho, o ano que não construiu o Brasil como país! E o ano novo era o ano de 2006, que herdava a tarefa de construir esse novo Brasil. Nessa perspectiva, alguns economistas e políticos discutiam para o Brasil o grande segredo de ter ousadia (Guilherme Leal). A convicção fundamental era que sem um mínimo de ousadia fica mais difícil empreender! Acho que é um pensamento que quadra perfeitamente com nossa situação que se abre para o ano 2008.
No início de uma nova etapa cronometrada como é cada ano novo que chega, é fundamental apelar para novas energias e novos avanços na vida e no desenvolvimento. Com prioridade será sempre chamada à pauta a educação. Só um sistema educacional qualificado promoverá o desenvolvimento de que o país precisa. Que este novo ano nos dê uma escolarização pública e privada de qualidade. Ela será a única garantia e promessa de um país mais realizado. Numa celebração de passagem de ano é oportuno lembrar que os fundamentos que regem a alma de um país estão colocados na educação!

João Ferreira
1 de janeiro de 2008
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