Roberto Carlos
Ri bastante, lendo no Domínio Cultural uma crónica que tratava Roberto Carlos como a Múmia do século XXI. Para o autor, novinho ainda, talvez o cantor pareça mesmo o que ele diz.
Interessante é que no mesmo site outra crónica, também de jovem autora, mostra exatamente o contrário. A moça é fascinada por ele...
Não sou fã ardorosa do Rei, tampouco espectadora assídua do seu "especial de fim de ano". Não tenho, porém, a mais leve ojeriza pelo cantor. Gosto de certas músicas dele, do seu romantismo e, principalmente, do jeito simples com que cativa as pessoas. Aliás, creio que esta seja sua marca registrada. E, além de tudo, é simpático!
Ninguém é "Rei" por acaso. Sabemos todos que lutou muito para chegar lá. Chegou, foi coroado, e jamais deixou a glória subir-lhe à cabeça. E olhe que faz tempo! Muito diferente de tantos que andam por aí. Cantores, atores, atletas...
A verdade é que Roberto Carlos arrebata multidões. Neste país ou fora dele. Mulheres, homens, jovens ou velhos. Da classe A, B ou C, todos gostam dele. Brigam, se preciso for, para assistir a seus shows. É verdade também que muita gente pega carona nesse espetáculo do final do ano. É o momento de exibição explícita, principalmente dos artistas da Globo.
E não foi sempre "velho", claro. No tempo da Jovem Guarda ele era tão jovem quanto a jovem platéia que se incendiava cantando "quero que você me aqueça nesse inverno/ e que tudo o mais vá pro inferno..." Lançava moda de penteado, de roupas e de gírias.
E muitos playboys cantaram pneus de carrões ao som de sua voz pelas curvas da estrada de Santos...
O sorridente coroa barra limpa, que hoje se apresenta comportado nos palcos, era uma brasa, mora!
... E continua a despedaçar corações, com tantas emoções ...
Beatriz Cruz
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