Usina de Letras
Usina de Letras
125 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62159 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22530)

Discursos (3238)

Ensaios - (10345)

Erótico (13567)

Frases (50571)

Humor (20027)

Infantil (5422)

Infanto Juvenil (4752)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140790)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Os Malvados -- 12/01/2008 - 09:44 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os Malvados

Aroldo Arão de Medeiros

Dagoberto, Denilson e Dirceu são três amigos que cresceram juntos em Juiz de Fora, Minas Gerais. São maus, malignos, malvados e bem amados. Numa família os filhos mais amados são os mais bagunceiros. São espirituosos, têm mente fértil para aprontar as maiores confusões. Só não achei espirituosos ao se apelidarem de Dadá, Dedé e Didi.
Cada um tem uma marca de infància graças ao seu espírito infernal.
Dadá estava na garupa da bicicleta de seu irmão mais velho, que recomendou que ele ficasse com os pés para baixo para não se machucar. Dadá desobedeceu e ao puxar as pernas para cima dobrou a perna direita para dentro e o pé entrou nos aros. Quase morreu de dor. Hoje, adulto seus sapatos sempre gastam o salto do pé direito do lado interno.
A mãe de Dedé colocou um colchão na rua para secar e aconselhou os filhos para não brincarem sobre o mesmo. Dedé desobedeceu e começou a virar cambalhotas no colchão. Vestia calção e na terceira cambalhota foi de encontro à cerca e um prego atingiu a nádega direita. Hoje tem a marca, um risco de uns dois centímetros.
Certa vez os três foram aprontar para o seu Eufrásio. Esse senhor cortava as bolas que caiam no seu quintal. Eles sabiam que todo dia às sete da manhã seu Eufrásio saia de casa para comprar pães. Acordaram bem cedo, esticaram uma corda no chão e Dadá e Dedé ficaram nas pontas, ocultos por folhagens.
Didi ficou em outro ponto espiando o que aconteceria. Nesse dia, porém, seu Eufrásio deve ter ficado doente, pois lá vinha arrastando os pés a querida e bondosa Dona Carmênia. Didi saiu em disparada de seu esconderijo para segurá-la. Quando o barulho dos passos de Didi aproximou-se de Dadá e Dedé esses puxaram a corda. Foi um tombo espetacular. A cara no chão e o sangue a jorrar de seu nariz. Até hoje Didi tem o nariz quebrado e um pouco torto para a direita.
Certa vez o amigo Rogério estava de aniversário. Eles já pensando em desordem foram para a casa de Rogério mais cedo. Foram até o quarto de Rogério e amarraram Dadá, só que deixaram o nó final próximo às mãos e frouxo. Fizeram o mesmo com Dedé. Depois convidaram Rogério para fazer o mesmo. Só que aí começou a sacanagem. Amarraram-no todo, bem forte e com nó cego, bem nas costas, longe das mãos. Dadá saiu dizendo que ia ao banheiro. Dedé foi tomar água e Didi deu um tempo e foi chamar os dois. Os três saíram em disparada da casa de Rogério e foram para as suas casas. No outro dia ouviram os comentários:
- Rogério tentava se desamarrar
- Berrava como ninguém
- Não apareceu uma viva alma para socorrê-lo.
Quando os pais de Rogério chegaram com alguns amiguinhos dele que vieram para a sua festinha, ele estava vermelho, urinado e fulo com os ex-amigos que fizeram isso no dia de seu aniversário.
Dadá tinha uma tia que possuía uma gata angorá, cinza, muito linda. Certo dia a gata provavelmente estava no cio e não gostou de seu carinho. Passou as unhas afiadas no seu rosto que ficou marcado por uma semana. Esperou o momento certo para se vingar da gata. Estavam trabalhando na pavimentação de uma avenida a três quadras da casa de sua tia. Maquinários grandes se deslocavam de lá pra cá e daqui pra lá. Dadá foi à casa da tia, acariciou a gatinha angorá e pegou-a no colo sem que sua tia percebesse. Saiu da casa devagar, foi acariciando a gata até chegar perto das máquinas. Quando passou o pé de carneiro, aquele rolo enorme cheio de pontas, jogou a gata embaixo que foi esmagada na hora.
O passatempo de Dedé, já na faculdade de Engenharia Elétrica era dar choques elétricos em ratos e pererecas para vê-las se estrebucharem até a morte.
Quem viu o filme "Deu a louca no mundo" vai se lembrar do episódio que vou contar.
Um senhor jogou seu chapéu no cabide, mas errou o alvo. O chapéu caiu do décimo andar no meio de uma grande avenida. Todos os carros desviavam do chapéu.
Até que apareceu Jerry Lewis com seu carro. Vinha na outra pista quando avistou o chapéu. Deu uma guinada no veículo e passou sobre o chapéu amassando-o.
Didi estava com seu carro parado num sinaleiro ao lado de uma poça d´água. Veio um carro do outro lado da pista, deu uma guinada, aproximou-se de seu carro e deu um banho em Didi. Didi olhou para o policial que estava numa guarita, saiu de seu carro, foi até o lado do motorista que estava com o vidro abaixado. Desferiu-lhe um soco no olho, sorriu para o guarda que retribuiu e foi embora.
Hoje os três não aprontam mais confusões, pois são adultos e ficam tristes ao ver seus filhos jogar vídeo game e brincar nos computadores sem um pouquinho de malandragem.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 16Exibido 479 vezesFale com o autor