SOBRE A ALMA FEMININA
-Vocês estão indo ao banheiro?
- Sim.
- Me esperem, eu vou com vocês!
Me deparei com este diálogo outro dia, num clube. E comigo estavam dois amigos, que como eu, ficaram perplexos sem entender o porque de tal preocupação dos seres femininos que nos acompanhavam. Para que ir ao banheiro em grupos?
Chamei essas mulheres de "seres femininos" porque, como Freud já disse, quem entende e quem conseguirá entender suficientemente as mulheres? Não há como se decifrar a alma feminina, tão pouco suas atitudes. Talvez seja por isso que nós, os homens de sexualidade masculina, nos sentimos tão atraídos pelo sexo oposto, para que possamos tentar desvendar o que há com Elas.
Quem consegue entender uma mulher a qual, aparentemente, despreza um homem e que, depois, quando este deixa simplesmente de cumprimentá-la, deixa correr lágrimas como as de um pranto de quem sofre pela mãe que deixou a Terra. E quem entende uma mulher a qual, também aparentemente, parece gostar de um homem que também gosta dela, mas que despreza-o (ou finge isso) até o ponto dele desistir de qualquer coisa, e depois parece voltar a querer o amor.
Por esses motivos, e muitos outros, escrevo a quem quiser ler sobre minha revolta sobre este ser tão desejado pela classe masculina. Nas palavras de um amigo, "ou você fede, ou você cheira", meios termos só servem para dificultar as coisas.
Passados os momentos de desabafo, venho à reflexão profunda, e trago ela a você. Espero que o leitor consiga seguir a linha do meu pensamento, algo que será mais fácil aos homens. E antes que uma leitora do sexo feminino venha "chiar" achando que o autor desse texto acabou de chamá-la de burra, leia o que vem adiante e verá que não tenho preconceitos.
Inicialmente, há dois tipos de sexo: o masculino e o feminino, falha gravíssima do criador (considere a palavra criador como qualquer coisa, princípio criador, Deus, evolução, etc.), pois deixa a cada um dos lados apenas uma escolha. Ao lado masculino, há a opção (mesmo que sendo a única) de se sentir atraído pelo sexo feminino, o que já basta com folga e rebarba. Ao lado feminino, há opção de se sentir atraído ao sexo masculino.
Até aí, acho que todos conseguem acompanhar com facilidade, desde que se desconsidere o lado homossexual, que demanda uma reflexão mais profunda sobre o assunto, pois segundo a minha linha de raciocínio, eles seriam uma espécie mais evoluída do ser humano.
Os homens se bastam com as mulheres pois elas têm mistérios que trazem grande felicidade quando descobertos; tem curvas atraentes e a mente pouco poluída; cuidam melhor do corpo e da aparência; usam roupas melhores; cheiram bem; etc. enfim, são tantos os atrativos os quais elas possuem que não há como enumerá-los.
Bem, mas e as mulheres? Se bastam com os homens? Algumas felizardas sim, pois encontram bons homens. Mas analisando melhor como nós mesmos somos, é difícil de acreditar como podem as mulheres gostar de algo tão obtuso? Meu raciocínio me diz que só há amor entre homens e mulheres por falta de opção da parte feminina, ou seja, como não há nada que possa ser similar ao homem, elas se contentam com o que existe.
Homens, antes de enviar qualquer reclamação, parem um pouco em algum lugar silencioso, feche os olhos e tente ver você mesmo. Ao fazer esse exercício, pensei comigo "Como podem as mulheres gostar do homem... eu se fosse mulher, jamais me apaixonaria por mim mesmo".
Ainda não está convencido? Pois bem, leia isso: por puro empirismo, cheguei à uma conclusão sobre o porque das mulheres irem acompanhadas(de outras mulheres) ao banheiros públicos. Partindo-se do princípio de que elas urinam sentadas, entende-se que seja um pouco arriscado tocar as bordas de um sanitário, em geral não muito bem limpos. Para resolver-se tal problema, enquanto uma está fazendo suas necessidades, a outra segura seus braços, servindo de contra-peso, mantendo a companheira a uns poucos centímetros de tocar um possível "ninho de micróbios".
Não é um pensamento digno de algo que não deveria ser a única escolha?
D.I.D.S. - 23-05-2000
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