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Infanto_Juvenil-->* Amizades -- 13/11/2003 - 16:28 (Carmen Helena) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tornei-me como os marginais,aqueles bandidos
que para proverem seu sustento e seus desejos de
poder roubam,matam,violentam,estupram,mutilam,
assassinam, mas que por alguma
razão não procuram obter isso pelo caminho mais
árduo e trabalhoso,antes preferem tirar de outro
que apesar de ter as mesmas dificuldades prefere
o caminho da luta desarmada.Brincadeirinha,te
enganei.Nunca quis tirar nada de ninguém.
Ao contrário,prefiro dar enquanto todos vão me
dizendo:Deus te abençoe,e eu penso: Deus me
abençoe!

E lembrava-me e cantava a música de Tom e Ravel:

"Só o amor constrói
Por favor,plante uma flor
Pra florir nosso país
Quem destrói a paz
Não verá jamais
Um irmão feliz..."

Como cantei o amor!Loucamente como Kauby,
dentro do meu coração insandecido,cheio de ilusões.
Ah,como eu e minhas irmãs mais novas brincamos
de ser nossos vizinhos,nossos parentes, nossos amigoss
personagens de novelas...era manias o nome dessa
brincadeira.Mary nessa época estudava na escola
particular.Nós a admirávamos muito.Não víamos
a hora de quando ela voltava para nos rever.
Quando finalmente meus pais perceberam que não
poderiam pagar escola particular para nós todas
ela voltou e, como brincávamos no Parque do Lago
próximo a nossa residência.Pobrezinha,pensava que
era uma ama cuidando das pentelhinhas.
"Tudo estava muito bom mas de repente",aproximou-se
o dia fatídico,estremeço só em pensar...
Papai chegou todo bonito me informando que eu
já estava condenada ao reformatório.Suei frio.
No outro dia de manhã ele tomou-me pela mão,
comprou balinhas e chocolate e me entregou àquela
senhora séria e educada,dona Geny.Não foi difícil
acostumar com ela porque era calma e eficiente.
Ao final do ano perceberam que eu já estava recu-
perada e me libertaram.
Todos ficaram felizes e opinamos por fazer uma
viagem a fazenda de vovó para esquecermos tudo.
Foram as melhores férias que tivemos.Pomares
repletos de laranjas,mangas...e outras frutas
exóticas que não conhecíamos em nossa cidade natal.
Quantos amigos fizemos,quantas coisas diferentes
conhecemos.Aquela vizinha com piadas tão pitorescas...
Legal era quando um amigo de papai vinha contar os
causos.Fingia que vinha assistir tv.Deitava-se no
chão e começava:"Eu vi mesmo.Tava escuro como breu
Tava andano com muito medo de mansinho pra nem
uma arma dotro mundo me apercebe.Fiquei jogando
mão no monte no buteco das arma de frente do
cemitério até tarde e, veja só,tive que vortá
suzinho pra casa.Tava espantado até demais.Ouvi
um barulho e me baixei,quietinho.A danada aparece.
Passa rápida como relâmpago.Desesperada num cavalgá
desembestado sortano fogo pelo pescoço.Sorte que
ela não me viu.Nem passo por riba deu,sô..."

Quando retornamos nada mais teria a mesma cor.
Tudo de melhor que pude conhecer na vida havia ficado
para sempre sob um manto pesado.Pelo menos até
que eu fizesse novos amigos.

Aos dez anos comecei a escrever um diário,onde
expunha meus sentimentos sobre minhas infindáveis
experiências mas,quando Mary leu - sem
minha permissão - parei de escrever
por me sentir ridicularizada.Isso passou.Logo esta-
va brincando novamente com novos amigos na Rua das
Brincadeiras Encantadas, Travessa do Bambu.
É.Estudei dedicadamente até a quinta série,
ao meu modo,é verdade.Se a professora não corrigisse
os cadernos eu só fazia a lição quando ela passava
perto da minha carteira por isso quando eu era
professora fazia questão de corrigir os cadernos e
atividades diariamente.
Na sexta série quando caí em mim e percebi que
meus pais depositavam muita confiança em sua
educada e madura filha,tornei-me muito prosinha,
segundo
minha querida professora de Ciências e me dei mal
porque minha mãe quis conferir e foi à reunião
de pais e mestres.A verdade é que eu estava perdida
de uma vez por todas nos laços das amizades.



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