Sabem de uma coisa, pimpolhos lindos?
Se há algo que me deixa feliz é quando “sou cobrada” em alguma coisa que prometi.
Não que eu tenha me esquecido do poema do Hélio, aquele aluno que foi classificado para a final do Festival de Poesia, da METRO IV- RIO, concorrendo com sessenta, ficou entre os vinte escolhidos, e obteve o sexto lugar.
Sim. Não me esqueci. Só não publiquei, por achar que não havia interesse, mas, os próprios escritores (alguns) e leitores “e-mailaram-me”, fazendo tão deliciosa cobrança.
Bom ter amigos, né Zé?
* emailaram-me - neologismo meu, quer dizer: "enviaram-me e-mail"
Grata a todos,
por mais esta manifestação de carinho!
Lá vai, pois, o poema:
GAROTA (SEM) PROGRAMA
Garota como qualquer outra
Que ama. Que vive.
Por isso existe.
Para satisfazer um e outro,
Nem sempre ao seu gosto,
Com muita luta, muita dor
No seu peito ferido de amor.
No corpo, a marca do horror
Deixada por alguém que ali passou,
Tomou o mundo e nunca voltou...
Na cama, lágrimas,
Na bolsa, gorjetas
Para pagar escola, ajudar os pais
E se manter no papel de mãe...
Garota “sem programa”, sem escolha, sem vida...
Garota de programa
Sem amor e sem respeito.
Garota-programa sem programa.
Garota? Programa?
Em qualquer cama... Apenas uma “garota”!
Hélio Costa do Nascimento - turma: 1.101
Ensino Médio – Primeira Série
Hélio, ao fundo, na feira de ciências
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