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Cronicas-->PENTA!...Perseverança de um povo orgulhoso da Nação, -- 13/07/2002 - 23:19 (Agostinho M. da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bem-vinda seja nossa Seleção de Futebol, que nos gramados da Coréia do Sul e
do Japão conseguiu o maior troféu dedicado ao Esporte Mundial.
Com assistência de mais de dois bilhões de pessoas, maravilhadas com a magia
do nosso futebol; nossa pátria foi reconhecida como a melhor.
Em todos os periódicos, estava em destaque nossa vitória. O nome Brazil com ¨z¨, em destaque, superando as noticias das violências e a política.
Já escreveram tudo sobre a Copa do Mundo, não tenho muito que comentar, mas gostaria, apenas de fazer uma menção para o povo asiático, que me surpreendeu, e conquistou meu coração.
O meu desconhecimento era total em relação à Coréia. O que conhecia era apenas a divisão dos países em Norte e Sul. Um com a cultura soviética e o outro com a do EUA.
Sabia que a carne usada, vinha dos cachorros. E havia muito sofrimento. Mas agora que a dimensão que eu dava, era bem menor. Não existe povo mais ordeiro, alegre,
trabalhador e patriótico que os asiáticos. Acredito que possa haver igual!
Na cerimónia de abertura, começou o exemplo de disciplina. Tudo perfeito, sem pompas que pudesse mostrar poder que ofendesse outras Nações.
Bandeiras de 32 países tremulavam nos estádios asiáticos. Após eliminatórias, que tiveram 203 nações participantes. Um número maior que os países inscritos na ONU.
Por esses números, chego à conclusão que o Campeonato Mundial de Futebol é útil porque mistura raças de todos os continentes, assim como suas cores e paixões.
Em ano palindrómico (2002 pode ser lido igual nos dois sentidos) o campeonato mundial foi realizado pela primeira vez, e talvez à última, tendo em vista que o próximo ano igual a esse será em 2112. Até lá os dirigentes deverão acabar com esse Esporte face à supremacia brasileira.
Espero que não acabe, e como Adão viveu mais que cem anos, poderei com o avanço da Medicina, viver mais cem anos. O que você acha? Espero que o leitor também me acompanhe.
Muitos críticos informaram que fomos beneficiados pelo sorteio, em que o nosso rei Pelé ajudou com sua sorte, tirar adversários sem tradição para nos enfrentar, na parte inicial da Copa.
De acordo com a Imprensa Mundial fomos favorecidos. Não faço parte desse grupo, porque a Turquia chegou ao terceiro lugar, e, fazia parte da nossa chave inicial.
Coitada da Argentina que pegou um grupo teoricamente mais difícil, juntamente com a França campeã mundial, foram eliminadas da Copa na sua fase inicial.
O Campeonato Mundial teve muitos destaques. Dentre os muitos, destaco o brilho nos olhos dos Coreanos e Japoneses. Nada entendia do que diziam, mas à amabilidade, e simpatia era lida em todos os idiomas, nas caras pintadas do povo, nas vestimentas ou nas danças. .
Quando os japoneses e coreanos, foram eliminados, pensei que tinha acabado a Copa. Mas dentro de um anacronismo singular, percebi que o amor e dedicação pela pátria eram superior a qualquer resultado esportivo.
Assisti então minha primeira emoção, rolar da minha retina. Vi dois povos irmanados no bem da humanidade esportiva. Não era importante a vitória e sim o estreitamento da amizade dos povos em disputa. O troféu não era importante para eles!
O que aconteceu após a eliminação da Coréia pela Turquia foi para mim o destaque do Mundial, além da determinação, garra, união dos jogadores e da comissão técnica do Brasil. .
Obrigado povo asiático por essa imagem, que está gravada em minha memória com uma das belas. Muita emoção tomou conta de nós.
Minhas emoções, não terminaram! Veio o jogo do Brasil contra a Inglaterra, e com apenas dez jogadores, e perdendo de 1X0, acreditei que tudo estava terminado, para nossa seleção. Novamente fui surpreendido. Os guerreiros brasileiros, não se intimidaram e partiram para cima do rival. Vi o que achava impossível acontecer. Viramos o placar e saímos vencedores
por dois gols há um.
Percebi então que existia em campo uma família comandada por um antigo Sargentão que fez essa fama na Mídia brasileira. Um homem sério e disciplinador. Não era um professor que impunha deveres. Apenas exigia união, garra, determinação e horário.
Em campo assistia uma seleção guerreira, sem ser desleal. Tivemos um único jogado expulso ao meu ver, por erro do Juiz.
Mas tínhamos um grande pai e líder de um grupo, que comandava seus guerreiros, que retribuíam com esforço, dedicação e disciplina tática.
Em nenhum momento li ou ouvi criticas dos jogadores ao Felipão um apelido de simpatia colocado pelo povo brasileiro. Mas agora após o título, o estão chamando de Felipenta.
A seleção, comandada, por um Presidente da CBF, achincalhado pela imprensa; conseguiu com denodo, manter o técnico sargentão. Mesmo contra vários segmentos da nossa torcida. Inclusive o meu! Vaias no Brasil foram muitas contra o técnico, que dava razão aos reclamos popular, mas defendia o ponto de vista com o esquema que queria implantar.
Todos contra o técnico que puxava para si, todos os erros, na eliminatória. Deixando os acertos para os jogadores. Esses sempre elogiavam o líder!
Houve muitos atritos com a imprensa, mas prevaleceu sempre a voz do Sargentão.
Quando a seleção saiu do Brasil tudo mudou. O Felipão, depois das arestas aparadas; o homem indesejado passou a ser o chefe de uma grande família.
Como se tocado por uma fada ou por N. S. Caravagio, ele mudou sua forma de ser. Apareceu um paizão, que usava psicologia nos seus atos. Um sorriso contagiante mostrava sua certeza na conquista do ambicionado troféu.
Não o conheço pessoalmente, mas sei que ele é um mensageiro de Deus. Sempre visitava a Igreja, antes das partidas suas orações fervorosas.
Os portões estavam sempre abertos nos dias de treinos; enquanto outras seleções proibiam entradas dos torcedores e da Imprensa.
Com a saída por contusão do capitão da seleção, teve que convocar outro jogador. A convocação do Ricardinho, que nunca fora chamado pelo técnico, foi motivo de muitas críticas e debates acalorados.
Humildemente aceitou todas criticas, e, explicava elogiando o mestre Carlos Alberto
Parreira, técnico do jogador e que fora campeão mundial em 1994.
Confiava no jogador por saber que ele estava acostumado a fazer o que ele queria no time do professor Parreira.
Acabou antes do jogo final contra a Alemanha, convidou o professor Parreira para fazer uma palestra com seus jogadores. Agora uma família adotada e amada.
Méritos para toda Comissão técnica que aceitou tudo! Uma Comissão ordeira e
amiga dominada pelo desejo de fazer o melhor para chegar ao título da
competição. Todos eram responsáveis!
Nada tenho para falar dos jogos, que lembrava a seleção de 1970. Muito superior aos adversários. Poderíamos perder por fatalidade, não por ser inferior. Acho que o nosso futebol nunca será inferior. Enquanto existir organização, nossa seleção será imbatível. Uma supremacia rara no xingado, nos dribles que desmoraliza, na alegria de jogar.
De todos os jogos, o que mais gostei foi contra a seleção da Bélgica, e ,o da semi-final com
a Turquia. Os Ingleses e Alemães tremeram antes do jogo, assim como China e Costa Rica.
Com humildade, gostaria de pedir desculpas por não concordar com a não
convocação do Romário. Achei que psicologicamente com a convocação do jogador, a Seleção passaria a ter a cumplicidade do povo.
Hoje entendo que o Felipão estava correto, mas se o homem estivesse errado não sei o que aconteceria. .
Não basta um atleta fazer gols, é preciso enquadrar-se à disciplina e do esquema tático a ser empregado pela equipe.
O grupo é o reflexo do seu líder. E mostrou nos campos a personalidade forte do técnico. Perdão Felipão, pelas vaias de nossa torcida. Perdoa pelas criticas ofensivas. Perdoa Felipenta por eu ter aprendido a não julgar quem não conhecemos.
Obrigado por ensinar um pouco de viver em família, ou em junção de pessoas de várias índoles.
Não vi em nenhum momento arrogància de conhecimentos do técnico. Sempre aberto, parecia fingir nada entender, esperando passivamente e malandramente, que era o esquema.
Prevalecia sempre sua opinião, com um sorriso maroto. Sabia o que queria!
A critica reclamava das avançadas do Cafu. E, ele desafiava quem segurasse o capitão na defesa. Não se preocupava, porque tinha preparado alguém para cobrir a saída do ponteiro lateral.
Uma menção honrosa para o Ronaldo fenómeno que mesmo desacreditado por todos, foi em frente e conseguiu com a confiança do técnico, ser Campeão Mundial e artilheiro da Copa.
Muita determinação do jogador. Um exemplo para o mundo! Quando pensávamos que ele não teria condições há dois anos atrás de jogar futebol. Não tinha como assentar a perna no chão. Um problema no joelho, que para o médico Americano que cuidou dele, afirmou que seria impossível à volta aos gramados. Mas encontrou um Fisioterapeuta Newton Petrone um grande profissional. Que além de competente, acreditava como Ronaldo em Deus.
Parabéns Ronaldo por sua fé em N. S. Aparecida. Parabéns por acreditar em você!
Outra alegria foi sabe que o nosso Hino foi escolhido pelos ingleses como o mais bonito e poético do planeta.
Vivia engasgado com o Hino Francês. Quem escreve melhor que o povo latino?
Não conheço poesia mais bela, que é o nosso céu anil, nosso mar; nossas matas e cascatas, rios e turbilhões, pássaros e animais que existem, em nossa amada pátria Brasil.
Qual país que tem tantas belezas naturais? O mar, o sol queimando a pele da
morena, loura, ruiva e mulatas?
Somos uma nação brejeira, que reúne todas raças do planeta e credos; sem que haja
preconceitos.
Um agradecimento especial ao Presidente Fernando Henrique que deixou o povo
tomar conta da praça dos três poderes.
Com o nosso Hino tocado em ritmo do Olodum, deu à festa uma dimensão popular.
Vi alegria no povo Brasiliense. Parecia que todo sentimento e pensamento dos brasileiros estavam na praça dos três poderes.
Lá eu não estava! Mas pela televisão, sambei, chorei, beijei aquela multidão; aquela relíquia de ouro e diamantes. Fui um passista em minha utopia, dentro do Palácio do Planalto.
Na capital do País havia liberdade, e, brilho nos olhos de felicidade, em desfile do trio elétrico. Camisas eram jogadas para autógrafos e devolvidas aos verdadeiros donos.
Não havia brigas ou desarmonia. Parecia que existia um maestro divino, que comandava tudo. Nossa seleção desacreditada ao sair estava sendo recebida como heróis de um povo que não pensava nos problemas que o afligia. Tudo fora esquecido. Alegria e lágrimas, tomavam conta das crianças e adultos. Nunca vi tantas crianças em um desfile! Todos com camisas, bonés e bandeiras, mostravam o amor da pátria brasileira pela delegação Campeã Mundial.
São doze anos consecutivos de hegemonia no Futebol que mostra nossa superioridade.
Adorei ao assistir, o gesto espontàneo e simples do jogador Vampeta, na rampa do Palácio. Nas cambalhotas, dava um toque de emoção em nós sonhadores; que dificilmente vamos caminhar naquele Palácio.
O cerimonial foi para o espaço também quando o Fenómeno Ronaldo fingiu sentir dor ao ter sua camisa espetada ao receber sua medalha no peito.
O Presidente não estava preparado. Descontração total!
Testemunhas e cúmplices da solenidade popular. Vimos o Felipão sambando desengonçado no parlatório, com sua imensa família. Agora bem maior, com a presença de todos os brasileiros.
No alto de uma coluna um jovem agitando o símbolo da Nação. Uma bandeira que parecia ter vida.
Não era uma bandeira qualquer! Era uma bandeira PENTA CAMPEÃ! .
Manifestação parecida só quando da vinda do Papa. Mas o momento era religioso, e Deus
é brasileiro!
Poderíamos gravar esse momento na memória da Nação.
Os políticos poderiam adentrar aos estádios, e convocando o Congresso, a Justiça, Policia, e todas Instituições para distribuir caneladas, chutões, dribles e toque no calcanhar dos corruptos, dos ineptos e venais.
Não podemos negar que temos tudo para sermos a maior potência mundial.
Temos o principal que é criatividade e competividade em todos segmentos.
Nosso povo está espalhado nos continentes, mostrando nossa história, identidade e malandragem.
Gostaria apenas de encerrar agradecendo em oração, ao meu Deus, o meu muito
obrigado, e orgulho de permitir nascer nesse gigante que se dizia adormecido.
Obrigado Senhor, por ter presenciado essa festa e pelas lágrimas e dor no peito.
Dentro da alegria emocionada, vou saborear o perfume que exala no mundo com a conquista do PENTA, aguardando o Hexa que vamos conquistar em 2006.
VIVA O MAIOR DE TODOS...BRASIIIIILLLLLLL!!!!!!!!


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