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Humor-->O pilantra, o coronel e sua esposa infiel -- 07/11/2001 - 12:18 (Flavio Costa Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Rincão dos Pinheiros era um lugarejo pequeno, pouco mais de vinte mil habitantes, pacato e monótono, dificilmente acontecia algo de interessante além dos jogos do time de futebol no Domingo. O local era dominado por Gaudêncio, um velho coronel dono da maior parte das terras no município, e que ficara viúvo recentemente. Neste local moravam também Luciano e Mário, dois vagabundos que passavam o dia inteiro pensando em pregar peças nos outros.

Um dia o coronel resolveu viajar, tirar umas férias, e passou uns dois meses fora, quando voltou estava casado de novo, com Lindaura, uma potranca fogosa com seus trinta aninhos, dona de um par de pernas e uma bunda que simplesmente fez parar o trânsito na pacata cidade, diga-se de passagem, o trânsito e a respiração de toda a população masculina, que jamais vira mulher tão formosa e ainda por cima com um olhar terrivelmente sapeca. Todo mundo apostava que o coronel não daria nem para o início com ela, mas o velho mandou espalhar para todos que se algum engraçadinho tentasse, mesmo em pensamento, cobiçar ou se aproximar de sua esposa, seria castrado em praça pública.

Luciano e Mário passaram a arquitetar um plano para pegar aquela potranca selvagem, mas sabiam que seria muito arriscado. Luciano falou para Mário que estava fora desta jogada, não arriscaria suas bolas, que estavam com ele desde o nascimento, e que tinham uma relação muito saudável, por uma bimbada, mesmo que fosse com aquela potranca no cio. Mário acreditou no amigo e também desistiu, mas aquilo fora simplesmente encenação de Luciano, que descartou o amigo para poder aproveitar sozinho toda a formosura daquela potranca infernal.

O plano era simples, ele passaria a telefonar anonimamente para Lindaura, aquela potranca divina, e começaria um jogo de sedução, convenceria aquela oitava maravilha do mundo a um encontro furtivo, para poder satisfazê-la completamente, coisa que ele tinha certeza que o velho coronel Gaudêncio jamais conseguiria.

Com o plano traçado, observou quando Lindaura, a potranca afrodisíaca, estaria em casa sozinha, e telefonou para ela, começou a dizer coisas fantásticas, a elogiar seu corpo, dizer que sabia de todos os segredos mais íntimos, sua luxúria, seus desejos, toda sua volúpia, que quando ela passava por ele, sentia seu odor de fêmea no cio insatisfeita, falava que mesmo sem nunca ter visto ela nua, podia descrever cada pedaçinho de sua pele, que ele na verdade era um bruxo, e podia ver através das roupas, das máscaras, que podia saber exatamente tudo aquilo que ela mais desejava. Lindaura escutou tudo aquilo, sem coragem de desligar o telefone, perguntou o nome dele mas claro que Luciano não falou, apenas disse que ligaria para ela todos os dias até convencê-la de um encontro amoroso.

Uma vez dada a cartada inicial, Luciano ligava todos os dias, contando o que faria com ela quando estivessem sozinhos, e Lindaura ficava cada vez mais excitada, mas não tinha coragem de aceitar o convite. Todos os dias, depois do telefonema de Luciano, Lindaura dava sua caminhada diária, e com o passar do tempo suas roupas foram encolhendo, usava decotes cada vez mais ousados, saias mais curtas e apertadas, tão apertadas que um dia ao deixar cair seu chapéu, teve que se abaixar com todo o cuidado para não rasgar o vestido, isso com a cidade inteira olhando, inclusive Luciano que nesta altura estava completamente tarado pela potranca insaciável.

Passado um mês dos telefonemas diários, Lindaura não resistiu mais e aceitou o convite, disse que passaria pela rua Caramuru, uma viela secundária, no dia seguinte as dez da noite. Luciano não conseguia acreditar, finalmente conseguira, ia ter a seus pés a potranca mitológica, aquela benção divina, ele já imaginava todas as mais variadas posições, de frente, de costas, de quatro, de cabeça para baixo, uma, duas, três, quatro, cinco, dez vezes. Amanhã seria o grande dia, mal podia esperar.

O dia amanheceu, Luciano completamente nervoso, decidiu tomar uma purinha para se acalmar, depois outra, mais uma, e outra, a saidera, e lá estava Luciano completamente bêbado, resolveu então tirar uma soneca para esperar a bendita hora. Ao acordar ele não acreditava, passava da meia-noite, a cabeça doía devido a ressaca, e ele perdera a oportunidade. No outro dia, ligou para Lindaura para desculpar-se e tentar marcar outra data, mas nem teve tempo de falar, ela começou dizendo a maravilha que fora o encontro, que nunca um homem havia feito com ela o que tinha acontecido na noite anterior, ela gemia enquanto falava de todas as posições que tinham executado, que ela gozara mais de dez vezes, que ele era o maior amante do mundo, o cara mais gostoso, viril e potente que ela conhecera. Luciano não entendia nada, depois ela falou que jamais poderiam encontrar-se de novo, porque o coronel estava desconfiado, e que ele podia ficar tranquilo, como a rua estava escura nem ela poderia reconhecê-lo novamente.

Luciano estava de boca aberta, foi quando Mário entrou e falou bem baixinho no ouvido dele: "passei ontem as dez da noite na rua Caramuru, vinha vindo a potranca diabólica, me escondi para ficar olhando para ela, mas ela percebeu, veio em minha direção, rasgou minhas roupas e fizemos sexo louco por mais de uma hora, foi a melhor sorte que podia ter acontecido na minha vida, não vou mais nem lavar o pinto para evitar tirar o odor dela, cara, ela é simplesmente insaciável".

Após o estado de choque, Luciano olhava para Mário e ficava pensando: "filho da puta, preparei tudo para ele se dar bem". Não falta mais nada para estragar o meu dia, mas faltava, o coronel Gaudêncio estava batendo na porta com seus capangas, facão na mão, querendo saber o por que dos telefonemas diários para Lindaura, sua esposa.

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