Feras bêbadas
Fernando Zocca
A fereza é atributo daqueles desconfortáveis que por viverem em desacordo com o bom senso, alienaram-se de tal forma que vivem separados das normas legais e convencionais do meio social.
A subversão das regras mantenedoras da boa saúde, dos estudos diários que aprimoram a espiritualidade, e a louca entrega de sí Ã devassidão, sem dúvida, conduzem ao embrutecimento da alma, tornando-a perversa.
O comportamento dissoluto é, antes de tudo, resultado do hedonismo violador das mais elementares regras de convivência comunitária.
O buscador do prazer chega a um estágio que não consegue mais dicernir que o direito próprio termina onde começa o alheio. Pode surgir então, nessas situações injustas, o autoritarismo sufocador das liberdades individuais.
A injúria, a difamação e a calúnia compõe o arsenal da opressão, que objetiva antes de tudo, o afastamento daquela pedra impeditiva, devendo ser ela rejeitada o quanto antes.
A frustração que suscita a defesa do direito ameaçado, faz com que o impedido empregue toda aquela força represada, em retaliações
eternas e dissociativas.
Contra a opressão velada, a tirania e humilhações feitas pelos usurpadores, um dos remédios pode ser a publicidade. Gente que faz maldade não gosta de aparecer, não pode aparecer, sob pena de ter sua malignidade tornada inócua.
Mas não é porque o sujeito tem sempre sua foto nas colunas sociais que seja ele um santo. Ao contrário, pode até ser um hipócrita, um malígno atropelador da dignidade alheia.
O que se infere destes tempos é a falta de educação, ausência de respeito, carência de amor próprio, nunca vistos antes.
Onde está o bom senso?
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