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Poesias-->CÁRCERE -- 01/07/2001 - 14:20 (Onã Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Detrás de portões de bronze

Cerrados com ferrolhos de ferro

A vida se castiga na cruel agonia:

Homens escoltados pelo drama da

consciência e lembranças de atos.;

Homens que olham para o sol que não

lhes sorri e estrelas fixas no horizonte

longínqüo.;

Homens vítimas de um momento

e escravos do destino

Presos num vaivém vicioso

À procura de liberdade!



Homens que escondem os próprios

rostos

Marcados com traços profundos de arrependimento

Disseminando tristeza,

Envelhecidos na amargura de esperar...

... a justiça dos homens, o perdão da sociedade.

Homens que se amargam

Vigiados por fuzis

Às vezes, esboçam um sorriso,

ora, sorriso tímido, imotivado,

sem expressão de alegria,

ora, sinistras gargalhadas

que ecoam o desejo de serem livres!



O cárcere está cheio de homens

Escravos do destino

Colhendo para si mesmos

Aquilo que semearam nos caminhos

Que aos olhos lhes pareciam bons

Mas seus olhos não viram

Que nas sementes havia ervas daninhas

Vieram então os dias maus

E as ervas transformaram-se em

arbustos temíveis

Em laços que aprisionaram aqueles

Que andavam, sem rumo, pelos caminhos.



A agonia espalha-se nas celas

Domina tudo ao derredor

Escala os muros

Consome, vorazmente, a réstia de

esperança

A agonia - é o cárcere desses homens

Obcecados por pensamentos

intranqüilos

Perseguidos pela culpa!



No cárcere, os homens choram

Pelas mãos desconjuntadas dentro de

algemas frias

E acenam para o alto

Clamando socorro ao vento

Soletrando LI-BER-DA-DE

Temem não serem atendidos

Porque a liberdade que anseiam

Não é simplesmente a palavra

Mas aquela que verdadeiramente

Poderá torná-los livres

Livres para se olharem sem marcas de

culpa

Livres para olharem para o inimigo

E vê-lo, sorrindo, clamando-lhes: meu

amigo.





(Poema extraído do livro "O Sol da Justiça", de Onã Silva)





























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