Usina de Letras
Usina de Letras
88 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62240 )

Cartas ( 21334)

Contos (13265)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10368)

Erótico (13570)

Frases (50639)

Humor (20031)

Infantil (5436)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140810)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6194)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->O Fusca verde -- 07/03/2008 - 10:31 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Fusca verde

Fernando Zocca

Parece que agora virou moda lançar pedras nos outros. Pois se o gritar é indicativo de que o gritador carece de argumentos, o arremessar pedras, com certeza, mostra que o agressor perdeu mesmo o senso dos limites.
O meu direito termina onde começa o do outro, mas é bem difícil, às vezes, saber onde termina o meu direito, e começa o do próximo. Tudo depende do equilíbrio, do bom senso.
Porém se o sujeito faz uso reiterado de estupefacientes, sua capacidade para discernir limita-se muito. É nesse momento que podem surgir os conflitos.
A cabeça do pirado funciona diferente. Veja com é: Policiais no alvorecer de um sábado, numa esquina, abordaram o grupo de desocupados que fumava maconha.
Um dos viciados livrando-se, correu muito e conseguiu chegar até o portão da sua casa, onde foi parado pelos agentes, que perseguindo-o, chegaram atrás dele, com a viatura em alta velocidade, fazendo estardalhaço.
Ao desembarcarem, empunhando armas, bateram as portas do veículo e, dando voz de prisão, imobilizaram o infrator. Este por sua vez, tentava esquivar-se dizendo que não tinha feito nada.
No fuzuê que se formou o pai do lelézinho saiu à calçada, e como se não soubesse, perguntou com aquela voz fanha, tabágica, e de ressaca, o que estava acontecendo.
Ocorre que na casa vizinha, uma senhora, como de costume, levantou-se para escovar os dentes e fazer depois o café da manhã, abrindo então a torneira do tanque de lavar roupas.
O ruído do jorro d´água foi ouvido pelo pai do meliante que estava sendo preso. Cessado o tumulto e por se convencerem os policiais que o maconheiro tinha mesmo problemas de ordem genética, má-formação congênta, foram embora, sem qualquer providência posterior.
Acontece que toda vez que alguém, da casa vizinha, abria a torneira do tanque, fazendo soar o ruído do jorro d´água, achava o pai do "boqueiro", que era uma provocação dirigida à ele.
Então, da mesma forma que tentaram destruir o fusca verde do vizinho recém-mudado, que lembrava um carro semelhante, furtado anos antes, pelo mesmo velhaco, não sossegaram os ignoramtes e violadores do direito alheio, enquanto não quebraram a torneira da velhinha faceira.
Diante dessa fuzarca toda, cremos carecer de moderação, tanto aquele que abusa dos mais elementares princípios da manutenção da saúde, quanto os que, por maldade pura, vivem metendo o dedo na ferida alheia.
Não se deve negar o direito do cidadão fazer o que bem entende com a saúde própria. Se ele quiser se prejudicar, que se prejudique, desde que, como disse a velhinha madrugadora, "não me encham o saco, que estou quieta no meu canto".
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui