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Cronicas-->Passeio de barco -- 23/03/2008 - 07:34 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Passeio de barco

Aroldo Arão de Medeiros

Elas eram lindas. Dois pescadores rudes as transportaram para a margem numa pequena canoa. Eu fiquei solitário no barco, só com meus pensamentos, embalado pelas ondas serenas do mar.
Tudo o que era de ruim veio se alojar na minha cabeça:
- Elas estão sendo estupradas?
- Elas se atiraram nos braços fortes dos peixeiros?
Tínhamos aproveitado tão bem aquela tarde ensolarada. Tomamos água de coco e banho na praia da ilha. Éramos três crianças alegres e brincalhonas. Tudo era motivo de festa e de algazarra. Então, de repente tudo mudou. Elas resolveram se aventurar na praia do continente com os pescadores.
No barco eu via os coletes de segurança, mas não os colocava, pois me sentia seguro. Só não fazia idéia da segurança delas, as minhas belas.
O timão parado me direcionava a nada. Eu absorto em meus pensamentos dirigia meus olhos na direção que elas e os pescadores tinham tomado.
O aparelho que media a profundidade estava desligado. Eu estava ligado na profundidade do problema que os pescadores poderiam dar a elas.
A àncora segurava a pequena embarcação e eu não me sentia seguro longe delas.
Será que elas me abandonariam ou eu dera motivos para essa atitude. Não, elas tinham que voltar e fariam isso, pois suas bolsas estavam do meu lado e ninguém deixa tudo para trás sem mais nem menos.
Uma hora depois elas aparecem sorridentes. Tentei retirar os maus pensamentos, mas era difícil. O tempo foi passando...
Fiquei algumas vezes com uma delas e até hoje aquelas idéias estapafúrdias não me abandonam. Nunca tive coragem de perguntar. Tive medo de saber a resposta.
Por enquanto prefiro viver no balanço sereno do mar.




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