Paixão de Amar
Sua mão envolvendo a minha, passando suave calor.
Percebo em você desejo, sussurro coisas de amor.
O beijo delicado no canto de minha boca, é convite, é recado, é promessa de gozo e calor.
Nunca resisto aos apelos dos seus olhos, meu amor.
Seus beijos são labaredas, acendem minha paixão.
Suas mãos me enlaçando, são certeza de entrega, encontro de corações.
Amo você tanto, tanto, que não poucas vezes, em pranto, gozo e grito ousadias, molhando seu rosto amado, mostrando quanto sou frágil, sua escrava
em louvação.
Nunca me deixe, querido, precisamos esgotar toda esta necessidade de amar e amar com vontade, querendo ao outro agradar.
Quero dizer com meus lábios, meus toques, com minhas pernas, quanto me sinto eterna, deusa, louca, sua moça, sua mulher.
Amo você e só quero ver em seu rosto a loucura, a perda da identidade, aquela saudável insanidade dos loucos que sabem amar.
Quero ouvir de você, naquele momento perfeito, de orgasmo alucinante: "Amo você, minha amante, nunca vou lhe deixar!"
Você me provoca sensações jamais experimentadas, garanto nem mesmo sonhadas, de plenitude e torpor.
Ah! Sua língua invasiva, que penetra minha fenda, lambe o suco do meu prazer, me faz internamente tremer.
Quisera poder retê-lo, com carinho e muito zelo, bem dentro do meu corpo que é seu.
Morando em minhas entranhas, nunca eu seria uma estranha, seria prolongamento do seu ser.
Fundidos em um abraço, estreitamos este laço de amor que nos surpreendeu.
Você é como um presente, surpresa e excitação, é a novidade que chega e faz de um momento banal, a mais linda fantasia, um sonho de carnaval.
Ao seu lado sou destaque, me sinto como rainha, de um reino bem distante ou de uma bateria. Vibra tanto meu corpo, sou instrumentos de percussão! Sou pandeiro, afoxé ou surdo, sou cuíca ou som feito com a mão.
Ah! Amor querido, quanto quero você! Quero seu corpo, seu riso, quero em você me perder.
Magda Almodóvar
Fevereiro/2000 |
