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cronicas-->O big é brother -- 26/03/2008 - 09:39 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O big é brother


Fernando Zocca


Pois não foi que em Tupinambicas das Linhas quando Jarbas, o caquético energúmeno era ainda o alcaide mor que, ao perceberem haver lá na prefeiitura uma defasagem muito grande entre os créditos e débitos, resolveram os componentes do governo, aumentar os valores da água distribuída à população?
Na verdade o pessoal do prefeito precisava angariar fundos mais para fazer frente às despesas da campanha eleitoral, que se aivizinhava, do que repor o numerário aliviado dos cofres públicos.
Não poderíamos dizer que Jarbas e seus malandréus, destemessem as consequências, que a descoberta dos engodos pudessem causar. Não. Todos tinham consciência de que se algum dos envolvidos nas negociatas, falasse tudo o que sabia,os problemas seriam sérios demais e até insuportáveis.
O tendão de Aquiles do caquético, sem dúvida nenhuma, chamava-se licitação. Todos sabiam, inclusive os maiores jornais do planeta, que o morboso tinha habilidade em fazer parecer o que não era. Diziam, os beiços pequenos, (inclusive os teclados peçonentos) que se Jarbas fosse comerciante, seria cameló especialista em CDs e DVDs piratas.
Ninguém duvidava que o pelancudo carecia de escrúpulos limitantes das suas ações danosas contra o bem do povo. Na cabeça do homem mau a regra número um era: "Farinha pouca, meu pirão primeiro!"
Quem é que podia com ele?
Jarbas o poligàmico, era tão ou mais chato que os tipos estrambóticos que passavam a maior parte do dia, investigando a vida dos vizinhos. Os mais chegados afirmavam ser o mocréico uma verdadeira tijolada no cocuruto.
- Ó nego chato! - teria afirmado o representante do governo do Estado de S. Tupinambos, ao vir para a cidade, trazendo o numerário destinado ao pagamento das empreiteiras construtoras de algumas pinguelas sobre o rio Tupinambicas das Linhas.
Lá no esconderijo (sim, havia um esconderijo!) ele bailava como bailam os índios na tribo. É que o marmota seguia algumas ecomendações médicas: tinha que fazer movimentos corpóreos para aliviar as tensões do estresse que lhe causavam aquela vida sedentária, de velhaco.
Ele seguia a risca as determinações: então quem adentrasse de supetão no gabinete, e encontrasse o malvado andando de um lado pro outro, e não soubesse que ele tentava queimar algumas calorias, poderia afirmar que o alcaide endoiidara de vez.
Alguém poderia negar que o garboso tinha gente, no seu partido, adepta das idéias de Nero? Jarbas era perigoso, meu amigo, muito perigoso.
No discurso que fez na Càmara Municipal, defendendo o projeto de lei que autorizava o executivo a comprar e instalar càmeras filmadoras nas ruas centrais da cidade, o prefeito se inflamara tanto, mas tanto, que alguns correligionários pensaram que ele poderia sofrer ali uma síncope. Ele ansiava por licitações, precisava delas.
- Xó urucubaca! - exclamara o presidente da casa, conhecido como Fuínho Bigodudo, batendo na parte de baixo do tampo da sua mesa, quando presenciara a pane sofrida pelo prefeito ao discursar.
O projeto do alcaide foi aprovado pela maioria dos vereadores. Tupinambicas das Linhas seria uma das cidades pioneiras, no Estado de S. Tupinambos, a utilizar na vigilància das ruas, càmeras filmadoras. Mas não era mesmo chique?
Logo no dia seguinte ao da aprovação da lei, aportou à Prefeitura, um executivo conduzido num carro preto blindado, por um motorista muito bem trajado, circunspecto mesmo.
O homem de negócios desceu quando o condutor abriu-lhe a porta do carro, fazendo poses solenes. O terno do empresario tinha um corte impecável; a gravata era fina, supimpa; ele trazia a maleta preta algemada no pulso esquerdo. Ao entrar no elevador pergundou onde era o gabinete do prefeito. E diante da resposta do ascensorista o negociante arrematou com orgulho:
- Vamos pra lá. O prefeito é meu brother, meu big brother. Você não sabia, mano?
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