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cronicas-->Um por todos e todos por um -- 07/04/2008 - 15:33 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um por todos e todos por um

Ernesto Caruso, 05/04/2008

Quem dera que a lição ditada por Alexandre Dumas, muito repetida nas edições de filmes bastante reproduzidos nos vários canais da TV de hoje, servisse de ensinamento aos nossos governantes irresponsáveis ou irresponsáveis governantes, considerando o volume que se nos apresenta.

Assim, teríamos a oportunidade - povo brasileiro - de aplaudir os três mosquiteiros Luís Athos, Sérgio Porthos (lembra Stanislaw, não?) e César Aramis, se cumprissem o mandamento dos paràmetros mosqueteiros, que tiveram sucesso e se transformaram em heróis porque acreditaram na união como fator preponderante nos embates contra os seus adversários. Talvez tenham esquecido do que falaram, escreveram e repetiram que a união faz a força e povo unido jamais será vencido.

Luís Athos continua em campanha política, dando prioridade ao turismo interno, contrariado, pois gosta mesmo é dos passeios na grande distància, tanto faz, Europa, África ou Ásia. O seu governo gasta muito em propaganda com a obra não feita. Acintosamente diz que não se trata de campanha política, embora seja ano eleitoral. A sua expressão facial demonstra um total escárnio, como se admoestasse e desafiasse os tribunais eleitorais a tentar alguma coisa contra tais procedimentos, para poder faturar em nome de uma perseguição. Goza com a cara dos seus adversários. A obsessão atinge um patamar que o cega mesmo diante de tantas mortes, particularmente de crianças, por uma epidemia de dengue.

É triste e espantoso ver um governante não estar presente no campo de batalha pela vida dos seus compatriotas, sentado no elevado grau de popularidade, protegido pela soma de recursos distribuída por seu bem estruturado esquema de propaganda. Foge do desgaste que a epidemia provoca e mata de verdade para aparecer e brilhar, como pop-star, nos palcos do sorriso fácil, da gozação, da piadinha, da exaltação à mamãe do pac, que responde com alegria e gesto moderado de uma jovem bem produzida, engalanada para uma festa de arromba. É o que passa na televisão antes ou depois das filas, expressão de dor, agonia, choro das crianças e impotência de mães e pais, madrugadas, peregrinações e não atendimentos aos infectados pela rede pública de saúde.

Saiam desse palco e criem o PAC da vergonha, dispam-se da pompa e vistam o uniforme da luta, que não seja para a foto com o camuflado na Amazónia. A TV mostra equipamentos dos hospitais militares de campanha que fazem o diagnóstico em poucos minutos e nos públicos em horas. Isso é emergência e urgência. Não é tapioca, nem compra em Free Shop. Usem os meios legais para esses casos.

Sérgio Porthos manda colocar tendas com mais leitos, mas não dispõe de médicos, elogia o sistema de saúde de Cuba e que de lá, alerta, vai contratar médicos. Os daqui reclamam da disparidade entre o salário que lhes pretendem pagar e o oferecido aos médicos de fora. Do http://www.portalmedico.org.br extrai-se a seguinte proporção entre número de habitantes/médico: DF, 280; RJ, 289; SP, 414; RS, 458; SC, 575; MS, 664. F a l a s é r i o.

Até um médico do Exército morreu por conta dessa porcaria de doença, resultado da inoperància dos administradores.

César Aramis está convencido que fez tudo bem, prova com o Engenhão e com a casa da música, um gigante prédio que está sendo construído num ponto crítico de engarrafamento, hoje, para quem mora na Barra da Tijuca, onde se encontra o terminal de ónibus Alvorada. Diz que não precisa aparecer porque já é bastante conhecido. Mas, com Aramis há que se fazer uma ressalva no meio da campanha política, alvo que dá para perceber de um canal de televisão que interessa a outro candidato ligado ao poder central. Chegou a trazer um repórter de São Paulo para percorrer hospitais da cidade do Rio de Janeiro para no desespero da falta de atendimento citá-lo como responsável. Perguntava e insistia na pergunta a cada um para dizer e repetir o nome do responsável. Não tinha o elevado interesse em corrigir e apontar as falhas nos três níveis de atendimento ao público pelo sistema de saúde. Triste papel.

Nesse trio dos despreparados mosquiteiros, parodiado da estória, falta o Dartagnan, representado pela que existe de mais sagrado, o respeito à vida e amor ao próximo, além do cumprimento do dever funcional no exercício dos cargos que assumiram por vontade dos eleitores.

Como enfrentaríamos uma guerra com essa gente...


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