Usina de Letras
Usina de Letras
190 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50609)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Amor à lusitana em terras de Novo Mundo -- 07/07/2001 - 17:14 (ANTONIO ELSON RODRIGUES SIQUEIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Alma minha gentil, que te partiste

Tão cedo desta vida, descontente,

Repousa lá no céu eternamente

E viva eu cá na Terra sempre triste.”



Minhas lágrimas hão de cobrir toda a terra

Como a revelar tantos tristonhos lamentos

Nascidos do silêncio de tua partida,

Pois tamanha dor alma nenhuma consente,

Inda que seja a morte um eterno tormento,

Inda que a solidão, caminho de quem erra,

Faça-se, em cada aurora, claustro, despedida.

Minhas lágrimas, oh! que sejam para ti

Prova da devoção sempre incondicional

Com que meus olhos, sôfregos, te contemplavam.

Minhas lágrimas, restos de vida que escorrem

Da morada, onde, às vezes, Amor descansava,

Ia embora, porém – prometia – voltava.

Minhas lágrimas hão de cobrir toda a terra.



“Se lá no assento etéreo, onde subiste

Memória desta vida se consente,

Não te esqueças daquele amor ardente

Que já nos olhos meus tão puro viste.”



Dizer adeus não pude, tampouco abraçar-te.

Bradar mil vezes, como eu quis! “Não não partas!”

Atirado ao martírio insone de tua ausência

Vago pelos melhores momentos vividos

Entre mim, espreitando até mesmo tua sombra,

E ti, a quem jurei levar ao himeneu.

Eis que não poderei cumprir meu juramento,

Que a etérea Providência ousou de mim levar-te,

Deixando o fardo inglório de uma saudade

Que digladiará com os tempos vindouros

E que morrerá em prantos, como as paixões tristes

Para morrer nascidas no ardor da emoção.



“E se vires que pode merecer-te

Alguma cousa a dor que me ficou

Da mágoa, sem remédio, de perder-te,”



Ouve, Amor, minhas preces de augusta esperança,

Embora minha voz esteja relegada

A ostentar a dolente ária do desamor.

Ouve, Amor, minhas preces de augusta esperança,

Mesmo que meu penar ofenda tua altivez,

Ou que me tenhas como peregrino indigno

Da tua graça, do teu favor, do teu mistério.

Ouve, Amor, minhas preces de augusta esperança!

Abraça-me com tuas asas de compaixão,

Purifica-me com o rubor de tua luz,

Dá-me alento com que eu continue a honrar

Esse pouco de vida que em mim persiste.

Ouve, Amor, minhas preces de augusta esperança!



“Roga a Deus, que teus anos encurtou

Que tão cedo de cá me leve a ver-te,

Quão cedo de meus olhos te levou.”

(Camões)



Ave, lírios dos campos que trazem no olor

A liberdade feito encanto e quimera!

Sabei que tenho um grande Amor que ausente está,

Em mim, causa da dor que humano algum conhece,

Mas que revelará aos meus descendentes todos,

Como a visão de vós no limiar da vida,

Ou como vossas cores na tela dos sonhos,

A beleza e a glória na imortalidade.

Ave, lírios dos campos de meu coração!

Da minha infausta vida a seiva vos oferto,

Ou o que nela houver que não sejam espinhos,

Que estes libertarão bem minha alma do corpo,

Perfurando a ferida de forma fatal,

Aquecendo com sangue a escultura do ser.

Ave, Senhora do meu coração!

Agora sim, em tua presença choro,

Que mais não há tanta lamentação

E minhas lágrimas a terra cobrem.

Sejam de Deus manifestação!

Sejam do Amor arauto, redenção!”

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui