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Discursos-->Manifesto da Poesia Tecnológica -- 18/07/2003 - 23:28 (Gustavo Aragão Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Manifesto da Poesia Tecnológica

O intuito deste manifesto é buscar uma nova forma, deveras crítica, de estruturar a poesia contemporânea, provocar estranheza, utilizando-se de linguagens virtuais, embaladas na beleza voraz da velocidade do mundo atual, não deixando perder a verdadeira essência poética, o lirismo próprio de todo ser humano. Não podemos fechar os nossos olhos diante de tantas modificações sociais, comportamentais, econômicas, políticas, religiosas, lingüísticas, científicas, diante de tantos avanços. Não podemos nos deixar levar por este maremoto de inovações tecnológicas, temos que acompanhá-lo e evoluirmos de forma conjunta, ou acabaremos sendo engolidos por esta onda de modernidade, crescente, que nos cerca e que está prestes a nos afogar neste mar cibernético.
Neste movimento há uma forte influência do modernismo, portanto, do antropofagismo, do futurismo, do concretismo, de várias outras formas de vanguarda.
“Viva! À liberdade artística, às arrobas @, à linguagem reduzida, ao imediatismo, ao que é descartável, à linguagem objetiva, à praticidade, à velocidade, ao arremedo! Viva! A tudo aquilo que é próprio da contemporaneidade, à ousada linguagem virtual com toda a sua simbologia!”
O terceiro milênio já nos é uma realidade. Nada de novo nessa afirmação. Contudo, olhando de perto, essa informação traz novidades e desafios muito peculiares. Novos questionamentos vêm mobilizando e desassossegando o ser humano. Nossas verdades, nossas certezas estão sendo sitiadas e somos chamados a olhar por outro ângulo aquilo que se dava por resolvido, uma vez que as supostas soluções não servem mais de referencial. Sair da alusão conhecida e dispor-se a olhar o cotidiano por outro ângulo é deixar-se atravessar por uma espécie de “conversão”. Processo esse que não se dá por persuasão, por força, por apelo, mas acaba se materializando pela determinação de vivenciar uma nova técnica, isto é, uma nova prática. E é da prática que se constitui um novo olhar. Implica, como diz o educador espanhol Larrosa, erguer o olhar, dirigi-lo a uma nova direção para surpreender-se com aquilo que agora vê. Nesse processo é preciso estar disposto a tombar, a topar com o mundo, a encontrar aquilo que não buscava e conhecer o que não imaginava existir.

Gustavo Aragão Cardoso
Aracaju/SE
17 de Julho de 2003

*Todos os direitos autorais estão reservados.
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