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Artigos-->Análise de Cântigas de amigo e de Escárnio -- 27/03/2003 - 10:59 (Paulo Machado da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SOCIEDADE UNIFICADA DE ENSINO SUPERIOR AUGUSTO MOTTA - SUAM





Trabalho de Literatura Portuguesa I 1º GQ







POR: FLÁVIA GARCIA

PAULO M. DA COSTA

VANDIR ESTEVÃO

(alunos de graduação em Letras)









Professora REGINA MICHELLI







CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA -



RIO DE JANEIRO – 2º SEMESTRE DE 2002







A NOITE DO MEU BEM



Música e Letra: Dolores Duran



Hoje eu quero a rosa mais linda que houver

e a primeira estrela que vier

para enfeitar a noite do meu bem



Hoje eu quero paz de criança dormindo

e o abandono de flores se abrindo

para enfeitar a noite do meu bem



Quero a alegria de um barco voltando

quero ternura de mãos se encontrando

para enfeitar a noite do meu bem



Hoje eu quero o amor, o amor mais profundo

eu quero toda a beleza do mundo

para enfeitar a noite do meu bem



Mas como esse bem demorou a chegar

eu já nem sei se terei no olhar

toda ternura que quero lhe dar



Análise da Cantiga de Amigo “A Noite do Meu Bem”





A autora apaixonada faz a escolha de tudo que é belo da natureza, como as flores e as estrelas para enfeitar a noite do seu bem. E o que há de mais puro nessa vida se não uma criança? Principalmente “a paz de criança dormindo”, que significa a tranqüilidade, a ingenuidade. Tal tranqüilidade é buscada também no abandono de flores se abrindo. Por que abandono? Porque a maioria das pessoas não repara em flores se abrindo. Só quando já estão lindas. A pressa do dia-a-dia não deixa ou permite tempo para isto.



Ela deseja sentir o seu coração bater forte por tudo que a vida nos transmite de bom, de alegria, de reencontro. A alegria de um barco voltando e a ternura de mãos se encontrando nos faz imaginar um ato de sentimentos bons e verdadeiros. O ato do amor dos amantes. A alegria de um barco voltando pode estar se referindo a alegria do ser amado voltando após uma pescaria de vinte dias, por exemplo.



O desejo dela não tem fim, quanto mais ele quer mais ele deseja, pois tamanha é a beleza do mundo, e ela simplesmente quer todas para enfeitar a enfeitar a noite do seu bem. “Ah, eu quero o amor, o amor mais profundo”.



Na última estrofe há um lamento, um suspiro, uma certa falta de esperança, devido à demora do seu bem, tanto que ela já não tem a certeza se terá no olhar toda a pureza que quer dar.





HOMENAGEM AO MALANDRO



Letra e Música: Comendador Francisco Buarque de Hollanda



Eu fui fazer um samba em homenagem

A nata da malandragem

Que conheço de outros carnavais

Eu fui à Lapa e perdi a viagem

Que aquela tal malandragem

Não existe mais



Agora já é normal

O que dá de malandro regular, profissional

Malandro com aparato de malandro oficial

Malandro candidato a malandro federal

Malandro com retrato na coluna social

Malandro com contrato, com gravata e capital

Que nunca se dá mal



Mas o malandro pra valer

Não espalha

Aposentou a navalha

Tem mulher e filho e tralha e tal

Dizem as más línguas que ele até trabalha

Mora lá longe e chacoalha

Num trem da Central





Análise da Cantiga de Escárnio “Homenagem ao Malandro”





A procura dos antigos malandros de outros carnavais “Velhos conhecidos”, ele menciona ter perdido a viagem por não tê-los encontrando mais no antigo berço.



Nesse mundo atual, tudo virou bagunça pois, há muita gente com ares de malandro, e existem malandros de várias formas.



Os candidatos ao governo, os que gostam de aparecer em manchetes de jornais, os que usam suas fardas e armas, e até aqueles que são profissionais em determinados ramos. “O que dá de malandro regular, profissional”.



Malandro com contrato, com gravata e capital são aqueles que só andam bem arrumados, pastinha na mão, bem sucedidos e muito dinheiro. Reclamam que “tá brabo”, mas estão bem de vida. Por exemplo: juiz Nestor, juiz “Lalau”, advogada Georgina. Ficaram ricos com o dinheiro do “Zé Povinho”, citando Juca Chaves.



O malandro para valer, não some de suas raízes, continua na batalha, tem família, até trabalha e passeia todos os dias no trem da Central, cumprindo mais uma jornada.



CANTIGA DE AMIGO



Era noite, tudo estava calmo.

Mas eu, não conseguia dormir.

O silêncio incomodava toda a

Aflição que eu tinha aqui.



Acordei sem ter dormido, pensei

em sonhar, mas tive pesadelos.

É duro ter que acreditar que o

meu amor havia partido!



Morri naquela noite, onde tudo

terminou.

Nossos sonhos, debalde, o que

será que Deus reservou?



A saudade me aperta e viver

não me resta mais.

Já me sinto sua eterna,

pois a vida não me quer mais.



Ó, meu Deus, une a minh’alma

ao lado da alma do meu amigo.

Assim desfará dois corações aflitos.



Poesia de Flávia Garcia Cardoso







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