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Cronicas-->AGRADÁVEL RECANTO POÉTICO -- 20/05/2008 - 19:13 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


UM AGRADÁVEL RECANTO POÉTICO
Jan Muá
20 de maio de 2008

A muitos títulos, a rua da Igrejinha foi e será sempre um recanto poético. O nome é, antes de mais nada, um título carinhoso. Mostra sua identidade com a capelinha ou igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, em Brasília. Mas torna-se mais poético ainda quando sob a mística ação da luz da tarde,e associado ao movimento alegre das crianças ele se torna carinhoso e colorido, abrilhantado também pelo espírito devoto das pessoas que acorrem ao templo para depositar rosas vermelhas ou brancas aos pés da Senhora, dona da casa. A verdade é que tive oportunidade de passar hoje por ali, pela 107 comercial sul. E não é que me veio à cabeça a vontade de parar e visitar? Não podia deixar passar tão interessante oportunidade. Parei o carro, de verdade. Subi a escadaria e fui fazer uma visitinha à minha Nossa Senhora de Fátima. Por que não? Ela é Padroeira Universal dos povos e o local é um dos eixos sagrados de Brasília. Tinha que prestigiar e reverenciar.
Ligado às tradições portuguesas integradas nos hábitos brasileiros, a igrejinha é um dos principais ícones religiosos e turísticos da cidade. Além de tudo, é muito poética. Eu adoro poesia. E hoje estava inclinado a que caísse dentro de mim o lado místico da poesia. Aproveitei. Recorrendo à linha histórica do singular monumento, lembrei que a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, é um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, inaugurado em 1958, em Brasília. Foi construído a pedido da primeira dama D. Sarah Kubitschek com o formato original de um capéuzinho de freira vicentina, de abas levantadas e se insere como uma luva poética no parque urbanístico das quadras adjacentes da 107-307 sul. Pelo jeitinho leve e popular de sua concepção exerce uma catarse urbanística no meio ambiente dando um calorzinho místico às linhas nem sempre quentes da geometria arquitetónica da cidade. Entrei na capelinha, sentei num banquinho e no meu diálogo com a imagem da Santa, adorei colmar meus instantes vazios com um diálogo intenso e profundo. Foi uma conversa de poesia mística, ao qual me adapto em certas ocasiões. Ao me dar conta percebi que estava na casa sacra de uma senhora muito especial. Tudo bem. Ela é especial porque é divinizada e sacralizada. Apresentava-se soberana. De túnica branca bordada a ouro incorruptível. Cabeça coroada.Em atitude orante e maternal.Quis me transportar e transcendentalizar. Viajei um pouquinho. Percebi que ela está ali para você ficar à vontade, ganhar serenidade. Ela se reserva o direito de olhar para a gente e continuar serena em sua pose divina classicamente distante guardando o silêncio misterioso que nos prende. É apenas representação em efígie. Por detrás dela está uma forte entidade. Da forma com que ela se apresenta, há que entendê-la na projeção majestática que lhe deu a imaginação popular com tanto êxito e brilho.
A Senhora de Fátima mesmo, a tal entidade real, estará algures, divinamente viva e mais forte, talvez ainda mais tangível, mais dantesca, mas no Paraíso - onde você não chegou ainda.
Por agora, é e será sempre gratificante vê-la na Igrejinha da 107 onde mora!

Jan Muá
20 de maio de 2008
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