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Cronicas-->Crónica da Despedida -- 12/02/2001 - 16:44 (ANNA WALESKA RODRIGUES MAUX) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Caro Petrúchio, me perdoe essa falta de afeto, mas é que meus olhos pararam de brilhar por você.

Já não sinto mais aquele frio no peito ao te ver passar. Já virou uma monotonia nos vermos todos os dias. Imagine como deve ser difícil para os casais que convivem há anos debaixo do mesmo teto.

Penso que, o que mata o amor é a tal da rotina. O brilho dos olhos fica opaco, a adrenalina se extingue, a falta de dinheiro mói o tesão.

Poderíamos ser peixes, livres, com um imenso e vasto oceano para nos perdermos. Ou poderíamos, quem sabe, ter a natureza das abelhas-rainhas, que matam seus zangões após o coito.

Em verdade vos digo que me apaixonei por Shakespeare, com todas as suas megeras e comadres. Ele é tão mais absurdo que você, deixa-me tão completamente
embriagada, que perco a noção de tempo e sublimo o mágico fato dele não mais existir.

Talvez as paixões mundanas já façam parte do meu cotidiano. Por isso, nesta
despedida, rogo-lhe que, em seus porres etílicos, naquela mesa de bar de quinta categoria, pense um pouco mais em você, e na causa de ter sido abandonado por uma mulher que trocou-o por um mito, quando o que ela mais gostava em você era o
sexo.

E como o ser humano é um universo de contradições, ficarei por um tempo, com sexo sem amor, com o amor sem sexo shakespeareano, e a certeza absoluta de que tentei te amar. Mas, na fotografia, olhando o mar, com aquele copo na mão, você é mais apaixonante. E não transo com fotografias.

Mas, se serve-te de consolo, amo-o na fotografia. O resto é pura teoria freudiana. Felicidades, da não mais sua Catarina.
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