!Já ouvi essa desculpa em algum lugar... Patético tanto quando vaidoso, provocador tanto quando temeroso, monótono tanto quanto previsível, arrogante tanto quanto covarde... Emoção? Única e exclusivamente quando se referiu ao filho morto, como aconteceria a qualquer um de nós. O discurso de renúncia de ACM – sigla sob a qual deseja ser perpetuado – valeu somente para o fim a que se destinou: pegar o boné, e voltar à Bahia – que acredito já não o queira tanto – para saborear um quente acarajé de Dadá, ao som de Gal Costa e outros tantos baianos talentosos e buscando cultura nos magníficos Jorge Amado e Zelia Gatai... Bom seria se, em lá chegando, pudesse refletir sobre o Brasil de hoje... Compreendesse que em tempos de ROBIN HOOD DO PLANALTO, “coronel” não tem mais vez... Que “tropa de choque”, ainda que comandada pela “gralha da Bahia” ( leia-se Waldeck Ornelas) não prevalece mais... Que não há “pai” ou “mãe” de Santo que consiga dos Orixás aquilo que não for justo.. Que cara feia, dossiês e grito já não assustam mais ninguém... Erros do Governo, corrupção na administração pública, omissões, vergonhas nacionais, com elas ACM foi conivente já que, tendo poder, nada fez para impedir... Os ”conselhos”, que ironicamente tentou deixar, chegaram tarde... A honradez que tanto apregoou não defendeu... a fuga, essa sim, foi proveitosa. Belos dias aqueles em que um homem defendia sua honra até à morte. Entretanto, tudo o que consternados assistimos, terá sido válido se os jovens de hoje tiverem absorvido o exemplo de um outro jovem: o destemido Promotor LUIZ FRANCISCO DE SOUZA. Não fora ele, não fora sua coragem , ousadia e amor à Justiça e tudo continuaria “como d’antes no quartel de Abrantes”....