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Poesias-->Os Olhos -- 17/07/2001 - 15:42 (menina pontilhada) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Te vi por várias vezes,

Várias,

Há alguns dias, por várias horas,

Nem sei dizer quantas horas,

Mas certamente, muitas...

Dentre essas, te vi numa hora de sábado

Passada já a meia-noite,

E a lua branca, em ascensão,

Nos céus abria um luminoso caminho,

Como sua alma, em minha vida...

Creio que um luar caía macio,

Como um véu de seda prateado,

Vagaroso, calmo, quase ritmado,

Em cheio, sobre a sua face,

Face doce de mil rosas,

Rosas que florescem às milhares,

No jardim de rosas que se tornou meu coração,

Meu jardim,

Onde agora até o vento sopra de mansinho...

Caía o luar calmo, creio,

Carinhoso por sobre as suas rosas,

Plantadas em meu jardim,

Que morreria feliz, sorrindo,

pela tua presença enfeitiçada...

~

Creio que não foi sonho,

Nessa noite pós meia-noite,

Não foi sonho (que também nos mostra)

Que me mostrou você, plantando nesse meu jardim,

Perfumando-o com o odor de incenso das suas rosas,

Rosas que encantam,

Rosas que cantam...

Não foi sonho, nem foi música (que também nos leva),

Que te levou a perfumar o meu jardim,

Visto que todo o mundo parecia silenciado,

Em respeito à sua chegada...

~

Não foi sonho nem música,

Nada te levou,

Apenas você e eu,

(Deus! Como é doce a junção dessas palavras!)...

Só você e eu,

Meu jardim festivo com o cultivo,

E suas rosas, acomodadas no solo amigo.

Paro...

Vivo olhando...

Por vezes creio que enxergo todas as rosas se iluminando...

Ou talvez seja nelas o reflexo do brilho intenso que meu

jardim vem irradiando...

(Lembre-se: é meu jardim enfeitiçado)

~

Te vi por várias vezes,

Várias,

Há alguns dias, por várias horas,

já não sei dizer quantas horas,

Mas certamente muitas.

Te vi por tarde de sábado,

Desfilando uma cor pérola,

Creio que roubada do sol,

Ou restituída por ele...

~

Te vi pelos canteiros,

Pelas frases sinuosas,

Diálogos felizes,

Expressões aflitas,

Sinto medo por vezes - confesso -

De que tudo se vá embora,

Perca-se num dia qualquer de semana.;

O brilho perolado,

O silêncio de todo o mundo

em respeito à sua chegada,

O derramar-se do luar,

E o próprio odor das rosas,

Que sinto medo,

Morram todas por excesso de regar

No meu jardim que as adora.

~

Promete, não expira...

Fica sempre...

Mas saiba,

Mesmo que não fique,

Fica em minha vida

A luz divina dos teus olhos castanhos!

Tu tens alma nos olhos!

Alma de olhos que brilha...

Creio que isso só eu vi!

Durante horas inteiras,

Que não sei dizer quantas, mas muitas...

~

Ah! Te vejo por várias vezes,

Muitas, tantas que nem sei quantas...

Te vejo em tudo ou quase tudo,

Em tantas coisas que não sei quantas

Mas de certo, sei que muitas...

Nas muitas histórias de amor

Que se gravam nas nuvens dando à elas formas!

Nas pequeninas esferas cristalinas,

Castanhas, brilhosas que fazem enxergar!

Talvez em algumas mágoas!

Nas muitas sublimes e silenciosas esperanças!

Nos muitos mares de orgulho, calmos e respeitosos!

Muitos...

~

Ah, tão confusa e abstrata é a expressão de afeto!

~

Mas afinal, Te vejo lindo

Às vezes sorrindo no céu,

Num mar de nuvens tormentosas...

Por várias vezes,

Nem sei quantas, mas tantas,

Te vejo luz, iluminando a escuridão do meu caminho

de ida e de regresso,

Não me abandonando ao se apagar,

Como por vezes me fizera a esperança.

Espero vê-lo por várias vezes,

Muitas, pelos dias que se seguem,

Quem sabe um dia.; dia à dia...

~

Talvez quem sabe,

Retribuir quando luzeiro,

Iluminando-te por meu brilho...

Quem sabe?

Sei eu que por várias vezes te tenho visto,

E tenho te visto trazendo à minha alma beleza

(que é esperança)

Tenho te visto mostrando-me os astros do céu em noites

de vigília solitária,

E finalmente, tenho te visto ofuscando-me

(e eis que ainda ando ofuscada!)

Com as duas pequeninas esferas cristalinas,

Castanhas, Brilhosas,

Que fazem enxergar,

Cintilantes,

Doces,

Expressivas,

E iluminadas,

Que escuridão alguma extinguirá jamais...







Recife,2001
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