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Cronicas-->O caso das pulgas (Max Gehringer) -- 06/06/2008 - 10:32 (Ana Maria de Oliveira Ramos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PODER DA OBSERVAÇÃO (O caso das Pulgas)
(Max Gehringer)

Na vida profissional, fala-se muito na necessidade de mudança, na quebra de paradigmas, em reconstrução e em reengenharia. Isso pode ser bom, mas também pode ser uma armadilha. Foi o que aconteceu com duas pulgas.

Duas pulgas estavam conversando e uma disse para a outra:

- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí, nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas no mundo: moscas voam.

E elas tomaram a decisão de aprender a voar. Contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa intensivo e saíram voando.

Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:

- Voar não é suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro.
Portanto, o nosso tempo de reação é menor do que a velocidade da coçada dele. Temos que aprender a fazer como as abelhas, que sugam e levantam vóo rapidamente.

E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou:

- Nossa bolsa para armazenar sangue é muito pequena, por isso temos que ficar sugando por muito tempo. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando adequadamente. Temos que aprender com os pernilongos como é que eles conseguem alimentar-se com mais rapidez.

E um pernilongo lhes prestou consultoria sobre como incrementar o tamanho do abdómen. E as duas pulgas foram felizes... por pouco tempo. Como tinham ficado muito maiores, sua aproximação era facilmente percebida pelo cachorro; elas começaram a ser espantadas antes mesmo de conseguir pousar.

Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha dos velhos tempos:

- Ué, o que aconteceu com vocês? Vocês estão enormes! Fizeram plástica?

- Pois é, nós agora somos pulgas adaptadas aos grandes desafios do século XXI. Voamos, ao invés de saltar, picamos rapidamente e podemos armazenar muito mais alimento.

- E por que é que vocês estão com essa cara de subnutridas?

- Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?

- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sacudida.

Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as duas pulgonas não quiseram dar a pata a torcer:

- Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma consultoria?

- E quem disse que eu não tenho uma? Contratei uma lesma como consultora.

- Hà? O que lesmas têm a ver com pulgas?

- Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês. Mas, ao invés de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse bem a situação e sugerisse a melhor solução. Ela ficou ali três dias, quietinha, só observando o cachorro, tomando notas e pensando. Então a lesma me deu o diagnóstico da consultoria:

`Você não precisa fazer nada radical para ser mais eficiente. Muitas vezes, uma grande mudança é apenas uma simples questão de reposicionamento`.

- E isso quer dizer o quê?

- O que a lesma me sugeriu fazer:

`Sente no cocuruto do cachorro. É o único lugar que ele não consegue alcançar com a pata`.



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