Estou aqui, para ajudar.
Afinal, ensinar é, antes de tudo, uma doce missão.
A Usina andou repassando e-mail de uma leitora que pedia ajuda num trabalho de português, sobre morfossintaxe, e pagava bem! Só que era para fazer o trabalho no lugar dela.
Não aceitei, evidentemente, o que faria “de graça”, se fosse uma simples ajuda.
Mas... Falando de CRASE (e de seu indicador que é o acento grave)... Vou passar-te um resumo que não te deixará mais dúvidas:
A crase foi um fenômeno constante na evolução do português arcaico para o moderno. Em gramática normativa, a contração da preposição A com: o artigo A ou AS = Fomos à cidade assistir às festas. o pronome A ou AS = Irei à loja do centro. o A inicial dos pronomes AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO = Referiu-se àquele fato.
USO OBRIGATÓRIO
Com relação à fusão de A + A, observaremos preliminarmente:
que o primeiro A é sempre preposição;
que o segundo A será um artigo ou um pronome demonstrativo;
que a razão da crase é a de evitar-se um hiato;
que o acento assinalador da contração é grave (`).
Condições para o uso da crase. Você usará o acento grave em A e AS, se forem satisfeitas as três condições seguintes:
Deve tratar-se de substantivo feminino, mesmo oculto.
Deve depender de outra palavra que exija a preposição A.
A palavra regida deve admitir o artigo A.
Não tenho conhecimento de acento GRAVE (`) fora dos casos apresentados.
Antanho (credo!), havia o acento grave para indicar a subtônica de palavras derivadas: "cafèzinho"... Mas isso se foi, com a "evolução da língua".
Um beijinho
e disponha!
Mile
PS. Qualquer Gramática da Língua Portuguesa explica isso, com toda a simplicidade.