Usina de Letras
Usina de Letras
207 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140786)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Pindotiba -- 10/06/2008 - 19:57 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pindotiba

Aroldo Arão de Medeiros

Tio Juca morou uns anos lá em casa. Provavelmente ele pagava pensão porque era um jovem com emprego fixo, e minha família que era formada por meus pais e oito irmãos, vivia do sustento do salário do meu pai.
Ele era e ainda é uma pessoa querida e que todos os sobrinhos amam. Era a única pessoa na casa que tinha um quarto só para si e que por isso o quarto até nome ganhou: Quarto do tio Juca.
Lembro-me que o nome perdurou mesmo depois de alguns anos que ele saiu para trabalhar em outra cidade. O lugar escolhido foi Orleans. Lá ele se empregou na Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina.
Era um jovem, boa pinta, que não demorou muito para conquistar o coração de uma bonita italiana. Casou-se com a mulher que passou a ser a nossa tia Lúcia. Visitei-os quando eu tinha uns doze anos e lembro-me de duas coisas que não saem da cabeça: o passeio de trole e uma ponte pênsil de arame.
Depois ele mudou-se para uma casa com vista para uma linda lagoa, circundada pela mata fechada, em seu recóndito natal.
O que me fez com que escrevesse sobre ele, o tio Juca, é que depois de quarenta anos estou em Orleans, e tive a curiosidade de procurar a ponte pênsil e o trole. O trole, aquele pequeno carro descoberto que andava sobre os trilhos das ferrovias e era movido pelos operários por meio de varas, desapareceu com os mordentes e os trilhos da estrada de ferro.
A ponte ainda lá está, linda, forte e na sua frente tem uma igreja que a minha mente não havia guardado, ou ela não existia naquela época.
Pindotiba é o nome do lugarejo e desmembrando-se a palavra, significa em tupi-guarani, abundància de palmeiras.
Fotografei com a mente e com a máquina. Vou mostrar ao tio Juca as fotos e dizer que ele ainda é lembrado naquelas plagas, carinhosamente como o seu Juquinha.
De Pindotiba tiramos as palmeiras, das palmeiras tiramos as palmas para o tio Juca.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 16Exibido 416 vezesFale com o autor