Busco-te no escuro da minha alma
Em que lugar estás?
Procuro nos lugares edênicos, nos obscuros,
Mas acho que me aproximo de ti quando vejo minhas chagas.
Ouço o Réquiem e sinto o cheiro da dolência,
Das flores negras do tédio, dos amores vãos
Regadas ao sangue de alguém que sofre,
Se mata, manchando de vermelho suas mãos.
Sim, você passou pôr aqui... Posso vê-lo assentado, imóvel
Seus cabelos fulvos, pele pálida, boca mádida
Jovem de rosto flébil e pálpebras úmidas
Mas pôr que minha Ara se não posso matar-te?
Minhas mãos trêmulas deixam cair a espada
E me junto a ti para sentirmos o gosto amargo e tantálico da morte.
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