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Contos-->O couveiro do Brumado -- 03/04/2020 - 03:12 (Brazílio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O couveiro do Brumado


O povoado operário de São Gonçalo do Brumado nasceu, vicejou e cresceu em torno da atividade fabril, ali iniciada ainda no último quartel do século XIX, quando o país vivia sob o império ruralista de Dom Pedro II. A pioneira fábrica de tecidos lá instalada, movida ainda a vapor, antes do advento da eletricidade, com equipamento e tecnologia toda importada da Inglaterra foi o motor do desenvolvimento regional. De longe afluíam candidatos a operários para, a troca dum salário, tocarem seus teares, seus filatórios.

Papai e mamãe, respectivamente nascidos em 1921, na Onça de Pitangui, e em 1928, na Abadia dos Monjolos, hoje Martinho Campos, são dos exemplo que posso citar, já naturalmente, fazendo parte de uma segunda ou terceira geração desses adventícios.

E em meio ao trabalho duro da tecelagem e da fiação, havia também muito bulício, muita camaradagem no operariado... e quantas centenas de famílias não se formaram ali...Funções ancilares também foram se desenvolvendo para sustentar aquela massa fabril, como o comércio, o abastecimento, escola, atividades religiosas, de entretenimento e até o trem de ferro um dia chegaria...

Mamãe, adolescente, começou a trabalhar ainda na  primeira metade da década de 40, enquanto no cenário mundial a segunda guerra a tudo afetava e a todos afligia...e por pouco não interferiria em seu nascente romance com papai, não tivesse ele sido dispensado de embarcar para a Europa à última hora...

E a vida do dia a dia, vibrante à riviria, esnobando esperança e  energia, era sobretudo, sadia. Tome-se por exemplo, as couves do Freire, caprichoso hortelão, cujo produto, verdejante, suculento, plantado numa encosta fértil dentro do povoado era a sensação para todo paladar exigente e refinado do povoado...

Até que um dia, o segredo foi revelado: a jovem Juza, companheira de mamãe nos teares, segredou-lhe ao ouvido haver visto uma cena inusitada, ainda antes do alvorecer daquele dia: havendo ela saído um pouco mais cedo do que o usual para vir para a fábrica - fapa, na linguagem mais popular - não é que ela dera com o Freire de urinol carregado rumando para a sua horta...

Corta...?
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