Diário da Pandemia
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Uma colega do Banco da Amazônia ao ler meu pedido de transferência de Soure para Belém (PA), instruído com Laudo Médico sobre a hipertensão que me acomete, fez o seguinte comentário, o que através de outra colega chegou ao meu conhecimento: “O que esse velhote, doente do coração, quer vir fazer em Belém? Melhor que fique em Soure, na Ilha do Marajó, onde a qualidade de vida em bem melhor“. Concluiu. Um dia, já em Belém (PA), escrevi os seguintes versos e enviei pra ela, que os acolheu com bom humor.
Coração Sadio
Sou alto, forte e jovial Belo porte e não anão Se me atribuem um mal Digo logo de antemão Sou apenas hipertenso Não sofro do coração A todos peço atenção Que deixem o preconceito
Pois o cara que balança Aqui dentro do meu peito Não tem nada de doença Só das veias me receito Por isso leiam direito O que tenho escriturado Meu coração é sadio E muito bem estruturado Pois tem me feito poeta E por todos estimado Deixo aqui este recado De nada estou reclamando Só um questionamento Ora faço aqui rimando Como pode ser doente Coração que vive amando? Belém (PA), 11.11.2008
Obs.: Por ter nascido no dia 31.12.1953, às vezes brinco me comparando a um automóvel e digo que sou duas cabeças, ano 1953, modelo 1954. Hoje vejo que igualmente ao automóvel o corpo também necessita de revisões mais constantes após perder as garantias. Sempre gozei de boa saúde, graças a Deus e a uma vida comedida, pois até a cerveja só me faz bem, o que sinto pela vontade de sempre tomar mais uma. Agora, ao entrar em isolamento por causa da pandemia, tive que inventariar as minhas comorbidades e fiquei surpreso como evoluíram depois daquela inocente hipertensão do ano 2008. Hoje sou idoso, hipertenso, hiperuricêmico, diabético e obeso. Só vivo, hein? Brincadeiras a parte, apesar dos 66 anos, bem vividos, ainda me sinto jovem e em condições de me manter ativo na minha lida bancária, iniciada em 1976, esperando nela continuar até quando Deus e o Banco permitirem.
Que Deus nos proteja a todos.
Diário da Pandemia
O Diário da Pandemia
Que inventei de escrever
Jamais teve a intenção
Que não só o meu querer
De o dia a dia registrar
Pra no futuro lembrar
O que estamos a viver
Mas é preciso dizer
Aqui não vou divulgar
Notícias de tristeza
Já que quero me alegrar
E se esse meu escrever
Nem pouco alegrar você
Mal também não lhe fará.
Caros Amigos,
A partir de 22.03.2020, passei a publicar versos meus em outras situações, retornando ao assunto em pauta apenas eventualmente.
Abraços a todos.
Tarciso Coelho, Crato (CE), 08.04.2020.
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