Em Araraquara, os calouros começam a sua caminhada universitária conhecendo a cidade.
O nome do evento: BIXURISMO.
Pode?
Também vão visitar velhinhos nos asilos, criancinhas nos orfanatos, aleijadinhos, enfim, conhecer toda sorte de infortúnios a que um ser humano pode estar submetido.
Pode?
Não sei se perguntaram aos bafejados pelos infortúnios sobre a oportunidade da visita.
Também está terminantemente proibido o trote violento. É o que dizem os cartazes espalhados pelas paredes da faculdade.
Mesmo assim, estão sendo programadas palestras sobre temas candentes, tais como "A situação da Unesp", "A situação dos vários cursos da faculdade" e quetais.
Pode?
No ano passado, as aulas começaram uma semana antes do carnaval. Oh, heresia! Aí houve o recesso para festejarmos o tríduo momesmo (gostaram?). Neste, um avanço inegável: as aulas começam no dia 12 de março, ou seja, uma semana depois. Primeiro vem o BIXURISMO e aquela lengalenga toda. Só então poderemos receber os noviços, como resultado da recepção que está sendo tão brilhantemente planejada.
Quem nenhum desmancha-prazeres caia na besteira de dizer aos "bixos" que um dos últimos acontecimentos do ano letivo de 2000, que só terminou ao final de janeiro de 2001, foi a tentativa de espancamento de um professor, em dia de prova, por parte de dois alunos.
Ambos certamente não tiveram a mesma sorte das turmas recentes, que começam a vida universitária com visitas caridosas e participando do emocionante evento que é o BIXURISMO.
Já o professor... Coitado! Também, um professor não passa de um professor. É isso.
Uma dúvida: se eu seria ou não seria membro da Comissão de Recepção aos Calouros?
Pelo que vejo, ninguém se preocupou em dirimi-la. Em todo caso, já li a programação e não resistir à coceirinha nas pontas dos dedos, que praticamente já não saem mais de cima do teclado, não pude deixar de comentá-la nesta crónica.
Há quem considere tudo isso da maior importància.
Eu também não.